GUERRA

Lideranças mundiais repudiam novos ataques dos Houthis

Forças norte-americanas e britânicas abateram, na terça-feira, 18 drones e 3 mísseis disparados pelos rebeldes Houthis num "ataque complexo" no Mar Vermelho

Publicado em: 10/01/2024 13:12

Houthis afirmaram ter alvejado um navio dos EUA que "fornece apoio a Israel" (Foto: AFP)
Houthis afirmaram ter alvejado um navio dos EUA que "fornece apoio a Israel" (Foto: AFP)
Segundo o exército dos Estados Unidos, forças norte-americanas e britânicas abateram, na terça-feira à noite, 18 drones e três mísseis disparados pelos rebeldes Houthis num "ataque complexo" no Mar Vermelho. “Os Houthis, apoiados pelo Irã, lançaram um ataque complexo de concepção iraniana, no sul do Mar Vermelho, utilizando drones, mísseis de cruzeiro antinavio e um míssil balístico antinavio", declarou o Comando dos EUA para o Oriente Médio, acrescentando que não houve danos ou feridos.
 
A agência britânica de segurança marítima (UKMTO) também relatou o incidente de segurança ao largo da costa do norte do Iêmen, uma região sob o controle dos rebeldes Houthis. “As forças da coligação intervieram", declarou a UKMTO, aconselhando os navios a viajarem "com precaução no Mar Vermelho”. Para o ministro da Defesa do Reino Unido, Grant Shapps, não há qualquer dúvida de que os iranianos estão ajudando os Houthis. “As forças do Reino Unido e dos EUA repeliram o maior ataque dos rebeldes Houthis no Mar Vermelho”, assegurou.
 
Shapps ainda indicou que pode ser para breve uma ação militar da coligação recentemente formada contra o grupo. “Os aliados do Ocidente, bem como a Arábia Saudita, estão todos de acordo em relação à necessidade de dar uma resposta aos ataques a navios de guerra e de comércio que têm sido levados a cabo pelos rebeldes iemenitas. “Isso não pode continuar”, disse Shapps.
 
A Alemanha igualmente condenou os recentes ataques dos Houthis a navios. “Estes ataques mostram que o grupo está claramente focado na escala contra a navegação mercante internacional e os navios dos nossos parceiros e aliados na região”, acusou o porta-voz do governo alemão.
 
O ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, avaliou que a segurança na região deve ser reposta, mas sem uma nova guerra. "É um problema enorme, é uma consequência de outros surtos de guerra. Eu não gostaria de abrir uma terceira frente de guerra neste momento”, comentou. Crosetto explicou ainda que a que a adesão do seu país à coligação tem de ser aprovada pelo parlamento, o que complica a eventual entrada. “Há uma coisa chamada Constituição e há leis para as quais uma nova missão internacional precisa de aprovação parlamentar, precisa de financiamento separado", pontuou o ministro italiano.
 
Por outro lado, os Houthis afirmaram ter alvejado um navio dos EUA que "fornece apoio a Israel", declarou o porta-voz Yahya Saree. O grupo diz que a ação é uma “resposta primária” a um ataque anterior norte-americano.
 
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza, se agravou a situação no Mar Vermelho devido às ações armadas dos Houthis, que apóiam o grupo palestino. 

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