GUERRA
Líbano busca negociar a estabilidade na fronteira com Israel
Local se tornou cenário de constantes confrontos e tensão entre forças israelitas e o grupo Hezbollah
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 09/01/2024 16:00
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Proximidades de uma unidade militar israelense na fronteira com o Líbano após bombardeio do Hezbollah (Foto: AFP) |
O primeiro-ministro do Líbano, Nayib Mikati, declarou hoje (9) que pretende iniciar negociações com Organização das Nações Unidas (ONU) para concretizar uma estabilidade a longo prazo na fronteira com Israel, cenário de constantes confrontos e tensão entre forças israelitas e o grupo Hezbollah.
O responsável das operações de paz da ONU, Jean-Pierre Lacroix, e o comandante das forças no Líbano (FINUL), o espanhol Aroldo Lázaro, já se encontraram com Mikati, em Beirute. Na reunião, o líder libanês ressaltou sobre as resoluções que permitiram, entre outras ações, o envio de ‘capacetes azuis’ para conter as tensões na fronteira sul.
Por sua vez, Lacroix apelou a todas as partes que colaborem com a FINUL e mantenham a calma além de agradecer o profissionalismo dos principais representantes da FINUL “nestes momentos complicados”.
O gabinete do primeiro-ministro libanês também disse em um comunicado que defende e luta por uma solução diplomática da atual crise e da escalada de tensões desde o dia 7 de outubro. Mikati ainda reiterou o seu pedido à comunidade internacional que tome medidas para deter a “agressão” israelita na Faixa de Gaza, que já causou mais de 23 mil mortos.
“Procuramos a estabilidade e uma solução de paz duradouras, mas em troca recebemos ameaças de guerra através dos enviados internacionais”, lamentou Mikati.
Hezbollah ataca base aérea de Israel
O Hezbollah fez uma ofensiva com drones a uma base aérea israelita no norte do país, que faz fronteira com o sul do Líbano. O grupo xiita alegou que foi uma retaliação pelos assassinatos de um dirigente do Hezbollah e de um comandante do Hamas em ataques que atribuiu a Israel.
A base aérea israelita atacada fica localizada em Safed, a 14 km da fronteira, foi atingida por explosivos, mas Tel Aviv assegurou que não provocou danos nem vítimas.
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