GUERRA

Presidente da Cruz Vermelha diz que sofrimento em Gaza é "intolerável"

Na noite de domingo para segunda-feira, as forças israelitas dizem ter atingido vários alvos e infraestruturas e afirmam que mataram um comandante do Hamas

Publicado em: 04/12/2023 11:34 | Atualizado em: 04/12/2023 12:57

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, comunicou em seu último balanço que morreram pelo menos 15.899 palestinos (Foto: Mahmud Hams/AFP)
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, comunicou em seu último balanço que morreram pelo menos 15.899 palestinos (Foto: Mahmud Hams/AFP)
A presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Mirjana Spoljaric, que chegou nesta segunda-feira (4) na Faixa de Gaza, denunciou o sofrimento “intolerável” da população devido aos ataques israelitas.
 
"Cheguei a Gaza, onde o sofrimento da população é intolerável. Reitero o nosso apelo urgente para que os civis sejam protegidos de acordo com as leis da guerra e para que a ajuda entre sem impedimentos. Os reféns devem ser libertados e o CICV autorizado a visitar com segurança”, disse Spoljaric, na rede social X.
 
“O meu objetivo é avançar nos esforços para aliviar a situação humanitária desesperada, expressando as minhas mais profundas preocupações com a situação dos civis”, acrescentou Spoljaric em um comunicado emitido pela Cruz Vermelha.
 
Segundo a Cruz Vermelha, os abrigos estão lotados e os hospitais sem capacidade para receber mais feridos. As operações estão agora se estendendo para o sul deste território palestino. Na noite de domingo para segunda-feira, as forças israelitas dizem ter atingido vários alvos e infraestruturas e afirmam que mataram um comandante do Hamas.
 
Mortos em Gaza chegam a quase de 16 mil
 
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, comunicou em seu último balanço que morreram pelo menos 15.899 palestinos, sendo que 70% dos mortos são mulheres e crianças. “A ocupação israelita está bombardeando deliberadamente hospitais em Gaza para colocá-los fora de serviço”, afirmou Ashraf al-Qudra, porta-voz do ministério. Isso está provocando um círculo de morte na região.
 
Até o momento somente nove dos 35 hospitais do enclave ainda se mantêm operacionais e as autoridades de saúde locais advertem que o hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza, poderá encerrar as atividades dentro de algumas horas devido à falta de eletricidade.
 
Já o jornal britânico The Guardian observa que o número de mortes provavelmente deve ser maior, uma vez que o colapso do sistema de saúde em Gaza dificultou a recolha de estatísticas e há mais de seis mil palestinos considerados desaparecidos no território.

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