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Conselho Europeu não chega a acordo sobre orçamento para Ucrânia

Chefes de Governo e de Estado não chegaram a um consenso sobre a reserva financeira de 50 bilhões de euros de apoio à reconstrução e modernização da Ucrânia

Publicado em: 15/12/2023 13:13

Presidente da Comissão Europeia anunciou um pacote adicional de ajuda à Ucrânia no valor de 1,5 bilhões de euros (Foto: Emmanuel Dunand/AFP)
Presidente da Comissão Europeia anunciou um pacote adicional de ajuda à Ucrânia no valor de 1,5 bilhões de euros (Foto: Emmanuel Dunand/AFP)
Nesta sexta-feira (15), em Bruxelas, a reunião do Conselho Europeu terminou sem um acordo sobre a revisão do orçamento da União Europeia a longo prazo, que inclui o apoio financeiro à Ucrânia.

Após intensas negociações, os chefes de Governo e de Estado da UE não chegaram a um consenso a respeito da reserva financeira de 50 bilhões de euros de apoio à reconstrução e modernização da Ucrânia devido ao bloqueio da Hungria. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, confirmou ter vetado a revisão do orçamento da UE, inclusive a ajuda econômica à Ucrânia, o que impediu o acordo e pediu ainda uma "preparação adequada" das negociações.

Orbán também contestou a suspensão de verbas comunitárias da UE à Budapeste, que foi acionado por causa do desrespeito pelo Estado de direito.  
 
Mas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou um pacote adicional de ajuda à Ucrânia no valor de 1,5 bilhões de euros. Esta foi uma medida alcançadas depois de um encontro tenso entre os membros do Conselho Europeu, no qual a Hungria marcou uma posição clara contra a ajuda aos ucranianos. “Vai haver um novo encontro no próximo ano. Vamos usar, como comissão, o tempo para assegurar que, aconteça o que acontecer no próximo Conselho Europeu, vamos ter uma solução operacional. É preciso continuar a trabalhar em soluções alternativas, para salvaguardar eventuais futuras quebras de unanimidade, como aconteceu desta vez”, apontou von der Leyen.
 
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que espera conseguir um acordo mais proveitoso para a Ucrânia e que possa ser alcançado um entendimento da próxima vez. “Estou confiante e otimista de que vamos ter uma posição para responder à nossa promessa de apoiar a Ucrânia com meios financeiros”, afirmou Michel.
 
Já o presidente francês, Emmanuel Macron, liderou o descontentamento da maioria dos dirigentes e declarou que os próximos meses serão decisivos para a UE, mas, sobretudo para a Hungria. Macron acusou Orbán de fazer a União Europeia de “refém” neste caso e que o primeiro-ministro húngaro sempre foi respeitado em todos os encontros, pedindo que o mesmo aconteça do outro lado.
 
A próxima cúpula do Conselho Europeu ficou agendada para o início de 2024. 

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