GUERRA

Rússia realiza 'eleições' nas regiões ocupadas da Ucrânia

Kiev classificou as eleições em territórios controlados pelo Kremlin como "farsa" e apelou a comunidade internacional para contestar e não reconhecer os resultados

Publicado em: 08/09/2023 14:27

Eleições decorrem em paralelo com as eleições locais e regionais na Rússia, organizadas entre esta sexta-feira e o próximo domingo (Foto: Reprodução/Pixabay)
Eleições decorrem em paralelo com as eleições locais e regionais na Rússia, organizadas entre esta sexta-feira e o próximo domingo (Foto: Reprodução/Pixabay)
Moscou organiza eleições regionais e municipais em territórios ucranianos que estão ocupados durante a guerra na Ucrânia e estão ‘anexados’ pela Rússia. Dentre elas, Donetsk e Luganks e também nas regiões de Zaporíjia e Kherson, onde o Kremlin procura "legitimar" os líderes que nomeou para as administrações locais. 

Em contrapartida, Kiev classifica as eleições em territórios controlados pelo Kremlin como "farsa", e apelou a comunidade internacional para contestar e não reconhecer os resultados.
 
As eleições também decorrem em paralelo com as eleições locais e regionais na Rússia, organizadas entre esta sexta-feira e o próximo domingo, que acontecem com uma ausência praticamente total de oposição, que tem em quase a sua totalidade figuras anti-Putin forçadas ao exílio ou detidas. 

A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou nesta sexta-feira (8) que as eleições em áreas ocupadas da Ucrânia não possuem embasamento jurídico. A posição da ONU foi apresentada pelo secretário-geral adjunto para a Europa, Ásia Central e Américas, Miroslav Jenca, numa reunião do Conselho de Segurança agendada para discutir a situação no território ucraniano. "Estamos preocupados com os relatos de que a Rússia realiza as chamadas eleições em áreas da Ucrânia atualmente sob controle militar russo. Estas chamadas eleições nas áreas ocupadas da Ucrânia não têm fundamento jurídico", apontou.

Jenca ainda reiterou que o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou que qualquer anexação do território de um Estado por outro Estado resultante da ameaça ou uso da força é uma violação dos princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional. 

A diplomacia alemã já se manifestou e disse que "nada mais é do que um exercício evidente de propaganda".

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