REALEZA
Jornal britânico processado por príncipe Harry pede desculpas durante julgamento
Publicado em: 10/05/2023 10:34 | Atualizado em: 10/05/2023 10:48
Foto: ANDY STENNING / POOL / AFP |
Acusado pelo príncipe Harry, caçula de Charles III, e por outros famosos por coletar ilegalmente informações sobre eles, o jornal britânico The Mirror pediu desculpas nesta quarta-feira (10) na abertura de seu julgamento em Londres.
O príncipe de 38 anos, que mantém relações conturbadas com a família real britânica, travou uma guerra contra a imprensa sensacionalista de seu país ao entrar com uma série de ações judiciais.
A audiência desta quarta-feira é contra o Mirror Group Newspapers (MGN), que publica o The Mirror, Sunday Mirror e Sunday People.
Entretanto, o duque de Sussex também processou o editor do Daily Mail e o News Group Newspapers (NGN), que publica o jornal The Sun.
O julgamento contra o MGN no Supremo Tribunal de Londres deve durar algumas semanas. O grupo é acusado de escutas telefônicas.
Além de Harry, outros famosos como a integrante do grupo Girls Aloud, Cheryl, o ator Ricky Tomlinson e o ex-jogador de futebol Ian Wright entraram com ações judiciais neste caso.
Em documentos divulgados no início da audiência, o MGN admitiu que havia "algumas evidências" de coleta ilegal de informações.
O grupo se desculpou "incondicionalmente" e prometeu que "tal conduta nunca mais será repetida".
No entanto, o advogado do MGN, Andrew Green, negou as acusações de interceptação de mensagens de voz. Ao rejeitar algumas acusações, afirmou que os fatos alegados são antigos demais para serem julgados.
As denúncias referem-se ao período de 1995 a 2011.
O príncipe Harry, que deixou a monarquia britânica em 2020 e foi morar nos Estados Unidos com sua esposa Meghan, deve depor pessoalmente em junho, segundo a mídia britânica.
No final de março, ele surpreendeu a todos ao comparecer a uma audiência contra o editor do Daily Mail, também acusado de coleta ilegal de informações. Quem também compareceu no tribunal foi o cantor Elton John.
Em abril, durante uma audiência contra a NGN, seus advogados revelaram que seu irmão William - herdeiro do trono britânico - havia "recentemente" chegado a um acordo "nos bastidores" com o grupo.
Harry culpa a imprensa sensacionalista pela morte de sua mãe Diana, em 1997, quando sofreu um acidente de carro em Paris enquanto era perseguida por paparazzi. Ele também denuncia o tratamento que os jornais britânicos dão à sua esposa.
O julgamento acontece quatro dias após a coroação de Charles III, evento ao qual Harry compareceu sem Meghan ou seus filhos. Logo após a cerimônia, ele voltou rapidamente para os Estados Unidos.
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