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DECLÍNIO

Relatório conclui que nos últimos 50 anos a vida selvagem do planeta decaiu 69%

Publicado: 13/10/2022 às 14:10

/Foto: AFP

(Foto: AFP)

A organização ambientalista internacional "World Wide Fund for Nature" (WWF) divulgou nesta quinta-feira (13), que a vida selvagem do planeta teve um declínio geral de 69% desde 1970.  O relatório bienal do Planeta Vivo monitorizou mamíferos, aves, anfíbios, répteis e peixes e alerta para o estado grave em que se encontra a natureza e também indica a urgência de implementar ações transformadoras por parte de todos os governos, empresas e cidadãos. 
Em nota, a WWF afirma que são necessárias medidas como a proteção de 30% do mar, terra e rios, além de restaurar a saúde dos rios, consumir proteína de modo sustentável, escolher produtos de base florestal, proteger tubarões e raias, travar a mineração em mar profundo e dar voz aos jovens.
 
O documento relata que foram monitorizadas quase 32 mil populações de 5230 espécies e revela que as populações de vertebrados das regiões tropicais estão caindo a um ritmo alucinante. Os dados mostram que, entre 1970 e 2018, as populações de animais selvagens observadas na região da América Latina e do Caribe reduziram, em média, 94%. "Estamos muito preocupados com estes novos dados, que expõem uma queda devastadora nas populações de animais selvagens, em particular nas regiões tropicais que são das paisagens mais biodiversas do planeta. O mundo enfrenta duas emergências, as alterações climáticas e a perda de biodiversidade”, disse o diretor-geral da WWF, Marco Lambertini.
 
Já as populações de água doce tiveram um declínio de aproximadamente 83%, o maior de qualquer grupo de espécies, em grande parte devido à perda de habitat e a barreiras às rotas de migração, como barragens. Para a WWF os principais fatores deste cenário da população da vida selvagem em todo o globo são a degradação e perda de habitat, exploração, introdução de espécies invasoras, poluição, mudanças climáticas e doenças.
 
A WWF defende que deve ser feito um acordo global para reverter à perda de biodiversidade e reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. A organização internacional destaca ainda que a forma como se produz alimentos coloca o planeta em risco. "É urgente acelerar a transição para sistemas alimentares sustentáveis através de políticas a nível nacional que sejam integradas com metas climáticas e de biodiversidade. A promoção da dieta sustentável é absolutamente essencial", aponta o relatório.
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