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GUERRA

Vice-presidente do Conselho de Segurança russo diz que arsenal nuclear será usado se necessário

Publicado em: 27/09/2022 16:30

 (Foto: AFP)
Foto: AFP
Nesta terça-feira (27), o ex-presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev, publicou no Telegram uma mensagem na qual afirma que a Rússia tem o direito de usar armas nucleares se necessário e que o seu país fará tudo para evitar o aparecimento de armas nucleares nos vizinhos hostis. “O país só vai carregar no botão nuclear em casos predeterminados. Se nós ou os nossos aliados formos atacados usando esse tipo de arma. Ou se a agressão com o uso de armas convencionais ameaçarem a própria existência do nosso Estado. O presidente da Rússia falou sobre isso diretamente recentemente", argumentou na rede social. 
 
Desde a declaração do presidente russo, Vladimir Putin, sobre a possibilidade de Moscou recorrer ao armamento nuclear para a sua "operação especial" na Ucrânia, diversos líderes e autoridades mundiais alertaram para o grande risco de segurança global que seria provocado por tal ato. Medvedev disse ainda que o mundo anglo-saxônico marcha nas palavras "liberdade" e "democracia", tentando impor ao resto da humanidade a sua exclusividade e o direito a governar o mundo. 
 
Além disso, o vice-presidente do Conselho de Segurança russo defendeu as medidas adotadas pelo Kremlin ao alegar que as ações no território ucraniano pretendem também impedir ao regime "nazi" de Kiev o acesso a armas nucleares. "Se a ameaça à Rússia exceder o limite de perigo estabelecido, teremos que responder. Sem pedir permissão a ninguém, sem longas consultas. E, definitivamente, não é um blefe", assegurou, reproduzindo a mesma expressão usada por Putin ao anunciar o decreto  da mobilização parcial, que corresponde a convocação para a guerra de 300 mil reservistas e que tem levado a uma tentativa desesperada de muitos cidadãos de sair do país. 
 
Medvedev acrescentou que a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) deixaria de se importar com a segurança da Ucrânia "moribunda que ninguém precisa, mesmo que seja abundantemente abastecida com várias armas", se em causa estivesse à segurança de cidades como Washington, Londres ou Bruxelas.

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