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Alemanha e França querem cessar-fogo na guerra ucraniana para negociar à paz
Publicado: 11/05/2022 às 14:00

/Foto: Sergei SUPINSKY / AFP
O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou que Paris e Berlim defendem antecipar um cessar-fogo na guerra da Ucrânia para que as negociações entre russos e ucranianos consigam obter um desfecho com êxito no acordo de paz. “Queremos um cessar-fogo antecipado que permita o fim das negociações iniciadas entre a Rússia e a Ucrânia para alcançar a paz e uma retirada sustentável de tropas russas. Esse é o nosso objetivo. Queremos ajudar a Ucrânia a negociar nos termos que ela determinar”, declarou Macron em uma coletiva de imprensa junto ao chanceler da Alemanha Olaf Scholz.
Para o chefe do governo alemão o apelo pelo cessa-fogo é o único meio para acelerar as negociações para a paz. “Já tivemos várias semanas de guerra. Temos que encontrar maneiras de acabar com esta guerra. Mas, para isso, é necessário primeiro um cessar-fogo e é claro que uma paz no futuro deve ter como condição o respeito à soberania e à integridade território da Ucrânia”, disse Scholz.
Além disso, o líder francês ainda afirmou que pretende conversar com o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, sobre a possibilidade de formar uma organização política européia para a adesão da Ucrânia como Estado-membro. “Essa idéia de criar uma nova comunidade política européia será uma das questões que nós iremos discutir com o presidente Zelensky”, garantiu Macron.
Anteriormente, Macron também já comentou que poderá demorar anos ou até décadas para que a Ucrânia se torne um país membro da União Européia, com exceção se o bloco europeu mudar as reivindicações para o acesso de uma nova nação na UE.
“Há anos tentamos resolver o desafio através da expansão da UE, porém é claro que existem países que, como a Ucrânia, precisará de anos para cumprir os critérios de entrada mesmo que optemos por um processo acelerado. Por isso, é importante criar um formato político que aproxime a Ucrânia e outros países da UE”, acrescentou.
Scholz considerou a proposta de Macron uma “boa ideia” e destacou que esta deve ser ampliada e combinada com negociações de adesão inclusive de outros países, como, por exemplo, a Macedônia do Norte, cujos líderes já tomaram decisões corajosas para se aproximarem do bloco europeu.
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