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Procuradoria peruana interroga presidente Castillo sobre promoções militares

Por: AFP

Publicado em: 28/12/2021 21:05

 (Foto: Peruvian Presidency / AFP
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Foto: Peruvian Presidency / AFP
A Procuradoria peruana interroga o presidente Pedro Castillo nesta terça-feira (28) em um caso sobre suposta pressão para promover militares ligados ao governo de esquerda.

"Recebi no Palácio do Governo representantes da Procuradoria, aos quais respondi, como testemunha, todas as questões sobre as promoções das Forças Armadas, no âmbito do inquérito preliminar realizado pelo Ministério Público", escreveu Castillo no Twitter.

Mais cedo, a Procuradoria informou que o procurador adjunto supremo, Ramiro González, seria responsável por ouvir o depoimento do presidente. A procuradora da Nação, Zoraída Ávalos, que deveria receber o depoimento, não participou, após ter sido internada numa clínica por problemas de saúde.

O advogado de Castillo, Eduardo Pachas, informou que o presidente peruano respondeu a todas as perguntas da Procuradoria e que o encontro durou três horas.

"Não houve qualquer nomeação irregular, foi respeitado o que foi sugerido pelo Ministério da Defesa. O presidente deu todas as informações à Procuradoria", declarou Pachas.

Castillo não aparece como investigado no caso que ainda se encontra em fase preliminar.

A entidade abriu o processo em 11 de novembro contra os então ministros da Defesa, Walter Ayala, e o secretário da Presidência, Bruno Pacheco, alegando suposta pressão sobre chefes do Exército e da Aeronáutica para favorecer alguns oficiais no processo anual de promoções.

Ambos os funcionários pediram demissão e estão sendo investigados para apurar se incorreram "na suposta prática dos crimes de abuso de autoridade e de patrocínio ilegal, previstos e sancionados no Código Penal", segundo um documento do Ministério Público.

O caso ficou conhecido quando Castillo surpreendentemente destituiu o chefe do Exército, general José Vizcarra, e o chefe da Força Aérea, general Jorge Chaparro, no início de novembro.

Os dois generais afirmaram que suas saídas ocorreram devido a atritos com Ayala e Pacheco, que lhe pediram que promovessem irregularmente funcionários ligados ao governo.

Os chefes militares foram nomeados por Castillo em agosto. As promoções supostamente promovidas por funcionários do governo não se concretizaram.

Castillo, no poder desde 28 de julho, derrotou por pouco Keiko Fujimori nas urnas. Seu mandato termina em 2026.
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