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CRIME
Suspendida 1ª execução de uma mulher em décadas em nível federal nos EUA
Publicado: 12/01/2021 às 09:49

/Foto: Wyandotte County Sheriff's Department / AFP
O juiz James Hanlon, do distrito sul de Indiana, ordenou ontem a suspensão da execução, a pedido dos advogados de Lisa. Os advogados justificam seu pedido pela saúde mental de seu cliente.
"As informações apresentadas (...) contêm muitas provas de que o estado mental atual de Montgomery se afasta tanto da realidade que a impede de compreender racionalmente o motivo do governo para sua execução", justificou o juiz.
O magistrado indicou que o tribunal vai marcar uma outra audiência para avaliar sua saúde mental.
Em 2004, impossibilitada de ter um novo filho, Lisa identificou sua vítima, uma criadora de cães, na Internet e foi até sua casa no Missouri com a desculpa de comprar um terrier.
Em vez disso, ela a estrangulou, abriu seu útero, pegou o bebê - que sobreviveu - e abandonou a jovem de 23 anos em uma poça de sangue.
Sem negar a gravidade de seu crime, seus defensores pediram, na semana passada, clemência ao presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump.
Lisa Montgomery sofre de transtornos mentais em consequência de estupros coletivos durante sua infância, segundo os advogados, que pediram ao presidente que comutasse a pena capital para prisão perpétua.
Trump, um defensor ferrenho da pena de morte, ainda não respondeu ao pedido da defesa. Lisa poderá ser a primeira mulher a ser executada pelas autoridades federais desde 1953.
Desde a retomada das execuções federais nos Estados Unidos em julho, após um hiato de 17 anos, dez homens foram condenados à morte na prisão federal de Terre-Haute, onde Lisa Montgomery está cumprindo pena.
A chegada de Joe Biden, contrário à pena capital, à Casa Branca pode adiar em definitivo a execução da mulher. O democrata prometeu trabalhar com o Congresso para abolir a pena de morte.
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