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Auditoria critica decisões "problemáticas" do Facebook sobre direitos civis

Por: AFP

Publicado em: 08/07/2020 15:53

 (Foto: JOSH EDELSON / AFP)
Foto: JOSH EDELSON / AFP
O Facebook tomou decisões "problemáticas" e "dolorosas" sobre os Direitos Civis, em particular em relação às publicações do presidente americano, Donald Trump, concluiu uma auditoria independente contratada pela maior rede social do mundo. 

Em maio, quando Trump publicou mensagens que poderiam desencorajar o voto ou incitar a violência contra cidadãos que se manifestavam contra o racismo, a rede social as manteve como foram publicadas, argumentando que elas não violavam suas regras. 

No entanto, as postagens "claramente violaram" as políticas de uso do Facebook, disseram os autores do relatório, que afirmam ter "expressamente" apresentado essas observações ao grupo. 

Tomadas a partir do mais alto nível, essas decisões "revelaram uma grande falta de entendimento e cumprimento dos Direitos Civis pelo Facebook". 

O grupo "não procurou conhecer a experiência de especialistas em direitos civis e aplicá-la como deveria", argumentaram. 

O Twitter, por sua vez, optou por ocultar os tuítes de Trump que continham as mesmas mensagens - embora sem realmente excluí-las - ao mesmo tempo em que avisou os usuários que elas violavam suas regras de uso.

Esforços insuficientes
A rede social deu "uma série de passos positivos e consistentes" contra a intolerância ou falsificação dos resultados eleitorais, segundo o relatório, encomendado há dois anos pelo Facebook. 

Porém, o documento indicou que os esforços foram insuficientes. 

"Neste ponto da história, os auditores estão preocupados com o fato de esses avanços serem ofuscados pelas decisões problemáticas e dolorosas que o Facebook tomou, representando grande retrocesso para os Direitos Civis", observou o relatório. 

"Infelizmente, em nossa opinião, a abordagem do Facebook em relação aos Direitos Civis permanece muito reativa e fragmentária", acrescentaram os autores,  sob liderança de uma ex-membro da poderosa associação de Direitos Civis da ACLU, Laura Murphy, e uma equipe de advogados da Relman Colfax, supervisionada por Megan Cacace. 

"Muitos membros da comunidade dos Direitos Civis ficam tristes, frustrados e irritados depois de anos pedindo à empresa que faça mais para promover a igualdade e combater a discriminação, preservando a liberdade de expressão", ressaltou o documento. 
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