Internacional Uma pessoa morre e dezenas são presas em protestos contra reeleição Crise no Paraguai se deu após votação em torno da reeleição

Por: Agência Estado

Publicado em: 01/04/2017 14:15 Atualizado em: 01/04/2017 15:31

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Foto: Norberto Duarte/AFP
Foto: Norberto Duarte/AFP
 

 

No Paraguai, uma pessoa morreu e dezenas foram presas em confrontos entre manifestantes e policiais na sede do Congresso contra a aprovação de uma emenda constitucional que permite a reeleição do presidente do Paraguai, Horacio Cartes.

 

O presidente da Juventude Liberal, Rodrigo Quintana de 25 anos, foi morto durante protesto na capital do Paraguai. O jovem foi baleado após a polícia invadir o prédio do partido Liberal Radical Autêntico no centro de Assunção, na sexta-feira.

 

De acordo com o jornal "ABC", o tiro teria sido disparado por um policial. O médico da vítima afirmou que Rodrigo sofreu uma grave lesão na cabeça. A polícia divulgou um comunicado onde afirma que a morte está sendo investigada "pois existe a presunção de que foi cometida por um agente policial".

 

Durante a madrugada de sábado, os manifestantes invadiram o primeiro andar do edifício e incendiaram papéis e móveis. A polícia usou canhões de água e balas de borracha e os bombeiros conseguiram conter as chamas.

A Ponte da Amizade, na fronteira do Brasil e Paraguai, ligando as cidades de Foz do Iguaçu (PR) e Ciudad del Este, chegou a ficar fechada pelos manifestantes por cinco horas, mas foi reaberta às 3h da madrugada deste sábado, segundo a Polícia Rodoviária Federal do Paraná.

A medida que permite a reeleição foi aprovada por 25 dos 45 senadores do País. Os votos pelo sim vieram, principalmente, de membros do Partido Colorado. Opositores à reeleição, incluindo o presidente do Senado Roberto Acevedom, do Partido Liberal Radical Autêntico, alegam que o processo violou as regras do Senado e um recurso foi enviado à Suprema Corte.

Após a aprovação no Senado, a proposta vai para a Câmara dos Deputados, onde 44 dos 80 membros pertencem ao Partido Colorado. Se aprovado na Câmara, um referendo nacional pode ser agendado. Fonte: Associated Press.

 

 

 

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