Alemanha e Turquia estabelecem plano para lidar com crise de refugiados sírios
Países atuarão em conjunto com forças de segurança para combater a atuação de grupos no tráfico de refugiados
Por: Agência Estado
Publicado em: 08/02/2016 12:56 Atualizado em: 08/02/2016 13:22
Os governos da Turquia e da Alemanha chegaram a um acordo, nesta segunda-feira, que prevê a adoção de uma série de medidas para lidar com a crise dos refugiados sírios. Dentre elas está uma iniciativa diplomática conjunta para suspender os ataques a Aleppo, maior cidade da Síria. O acordo é resultado da visita da chanceler Angela Merkel ao primeiro ministro turco Ahmet Davutoglu, com o objetivo de dialogar sobre formas para reduzir o fluxo de migrantes, em sua maioria sírios, para a Europa.
Umas das medidas a serem adotadas pelos dois países será a atuação conjunta das forças de segurança alemãs e turcas para combater a atuação de grupos que atuam no tráfico de refugiados. Os dois líderes também devem solicitar a colaboração da estrutura de observação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na fronteira com a Síria e no mar Egeu. Além disso, organizações de ajuda humanitária dos dois países vão trabalhar em colaboração no atendimento aos refugiados sírios que chegam à fronteira da Turquia.
Hoje pela manhã, após conversas com o primeiro ministro turco Ahmet Davutoglu, a chanceler alemã Angela Merkel declarou que estava "não apenas chocada, mas horrorizada" pelo sofrimento causado pelo bombardeio russo na Síria. Merkel afirmou que a Alemanha e a Turquia vão pressionar a Organização das Nações Unidas para que todos os países sigam a resolução aprovada em dezembro, que apela a ambos os lados que detenham, de forma imediata, ataques sobre a população civil da Síria.
"Nos últimos dias, temos não apenas ficado chocados, mas horrorizados com o sofrimento causado a dezenas de milhares de pessoas pelos bombardeios ordenados, principalmente, pelo lado russo", disse Merkel. "Em tais circunstâncias, torna-se difícil estabelecer diálogos de paz. Por esta razão, esta situação precisa chegar ao fim rapidamente", acrescentou a chanceler alemã. Davutoglu declarou que a cidade de Aleppo, no norte da Turquia, "está de fato sob cerco". "Estamos à beira de uma nova tragédia humana", afirmou.
A Turquia enfrenta a pressão da UE para abrir suas fronteiras para até 35 mil sírios que se concentraram na fronteira nos últimos dias, em fuga da violência em seu país de origem. A Turquia, onde já vivem 2,5 milhões de refugiados da Síria, disse que já não tem capacidade para receber mais refugiados, mas indicou que continuará a dar refúgio aos que precisam.
Em novembro, a Turquia concordou em enfrentar as redes de tráfico de pessoas e a ajudar a coibir a imigração irregular. Em troca, a UE se comprometeu a dar ao país 3 bilhões de euros (US$ 3,3 bilhões) para ajudar a melhorar a condição dos refugiados, e a dar concessões políticas à Turquia, entre elas a retirada de algumas restrições para visto e acelerar seu processo de entrada na UE. Desde então, a Turquia começou a exigir que os sírios que chegam de terceiros países peçam visto, em uma tentativa de excluir aqueles que desejam continuar e chegar à Grécia. A Turquia concordou em conceder permissões de trabalho para sírios para incentivá-los a ficar no próprio território turco. Também anunciou planos para reforçar a Guarda Costeira e designar o tráfico de pessoas como uma modalidade de crime organizado, o que resultaria em punições mais duras.
Umas das medidas a serem adotadas pelos dois países será a atuação conjunta das forças de segurança alemãs e turcas para combater a atuação de grupos que atuam no tráfico de refugiados. Os dois líderes também devem solicitar a colaboração da estrutura de observação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na fronteira com a Síria e no mar Egeu. Além disso, organizações de ajuda humanitária dos dois países vão trabalhar em colaboração no atendimento aos refugiados sírios que chegam à fronteira da Turquia.
Hoje pela manhã, após conversas com o primeiro ministro turco Ahmet Davutoglu, a chanceler alemã Angela Merkel declarou que estava "não apenas chocada, mas horrorizada" pelo sofrimento causado pelo bombardeio russo na Síria. Merkel afirmou que a Alemanha e a Turquia vão pressionar a Organização das Nações Unidas para que todos os países sigam a resolução aprovada em dezembro, que apela a ambos os lados que detenham, de forma imediata, ataques sobre a população civil da Síria.
"Nos últimos dias, temos não apenas ficado chocados, mas horrorizados com o sofrimento causado a dezenas de milhares de pessoas pelos bombardeios ordenados, principalmente, pelo lado russo", disse Merkel. "Em tais circunstâncias, torna-se difícil estabelecer diálogos de paz. Por esta razão, esta situação precisa chegar ao fim rapidamente", acrescentou a chanceler alemã. Davutoglu declarou que a cidade de Aleppo, no norte da Turquia, "está de fato sob cerco". "Estamos à beira de uma nova tragédia humana", afirmou.
A Turquia enfrenta a pressão da UE para abrir suas fronteiras para até 35 mil sírios que se concentraram na fronteira nos últimos dias, em fuga da violência em seu país de origem. A Turquia, onde já vivem 2,5 milhões de refugiados da Síria, disse que já não tem capacidade para receber mais refugiados, mas indicou que continuará a dar refúgio aos que precisam.
Em novembro, a Turquia concordou em enfrentar as redes de tráfico de pessoas e a ajudar a coibir a imigração irregular. Em troca, a UE se comprometeu a dar ao país 3 bilhões de euros (US$ 3,3 bilhões) para ajudar a melhorar a condição dos refugiados, e a dar concessões políticas à Turquia, entre elas a retirada de algumas restrições para visto e acelerar seu processo de entrada na UE. Desde então, a Turquia começou a exigir que os sírios que chegam de terceiros países peçam visto, em uma tentativa de excluir aqueles que desejam continuar e chegar à Grécia. A Turquia concordou em conceder permissões de trabalho para sírios para incentivá-los a ficar no próprio território turco. Também anunciou planos para reforçar a Guarda Costeira e designar o tráfico de pessoas como uma modalidade de crime organizado, o que resultaria em punições mais duras.
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