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Cesta básica na RMR custa 50% do mínimo

Segundo pesquisa do Procon-PE em cinco municípios do Grande Recife, conjunto de itens para consumo mensal chegou a mais de R$ 700 no mês de março

Publicado em: 08/04/2025 07:27

Apesar da alta dos preços, foi notado grande diferença de valores de um estabelecimento para o outro (Crédito: Arquivo / DP)
Apesar da alta dos preços, foi notado grande diferença de valores de um estabelecimento para o outro (Crédito: Arquivo / DP)

O mês de março registrou em cinco municípios da Região Metropolitana do Recife a cesta básica mais cara de 2025, chegando a quase 50% do salário mínimo. O conjunto de itens para consumo mensal das famílias estava custando R$ 702,71 no mês passado, valor superior aos R$ 696,72 registrados em fevereiro e equivalente a exatos 46,29% dos R$ 1.518 que compõem o salário mínimo atual. Os dados são da pesquisa realizada pelo Procon de Pernambuco e divulgada ontem.

Entre os itens que formam a cesta básica e que tiveram um acréscimo no valor de um mês para o outro estão o café em pó (250g), com um aumento de 10,65%; e o açúcar cristal (1kg), cujo preço cresceu em 6,68%. Quando o assunto são produtos de limpeza, a água sanitária (1l) registrou um crescimento de 10,15%.

Além do aumento de um mês para outro, os produtos tiveram grandes variações entre os estabelecimentos visitados pela pesquisa em março, como foi o caso, por exemplo, do pacote de absorventes higiênicos com oito unidades que teve uma diferença de preço de 344,83%, sendo encontrado por R$ 6,45 em seu maior valor e R$ 1,45 em seu menor.

A escalada de preços, segundo a gerente de fiscalização do Procon PE, Liliane Amaral, está relacionada a dificuldades que vêm sendo enfrentadas na produção de determinados alimentos, como é o caso do café. “Nós estamos passando por um período com poucas safras, e a relação climática também tem afetado alguns commodities. Então são produtos que vão aumentando no mercado, porque a demanda vai aumentando, mas a oferta vai diminuindo e a safra não acompanha a demanda”, explicou.

A previsão para os próximos meses, segundo a especialista, é de que os preços continuem a subir: “O que nós temos visto é que há um fator progressivo. Todo mês vem aumentando um pouquinho. Nós não temos certeza sobre o próximo mês, mas está havendo um aumento progressivo. Agora, quando vai estacionar, quando vai melhorar, realmente, vai com a dinâmica do país”.

VARIAÇÕES

Os alimentos foram os que apresentaram maior variação de preço no mês, sendo o maior índice o do fubá de milho (500g): 353,54%, oscilando de R$ 4,49 a R$ 0,99. Já o quilo da batata inglesa registrou variação de 234%, indo de R$ 8,99 a R$ 2,69. Nos produtos de limpeza, o sabão em pó (500g) registrou uma variação de 241,61%, com R$ 5,09 no maior preço e R$ 1,09 no menor. Nas esponjas de aço, a diferença foi de R$ 223,02%, variando de R$ 4,49 a R$ 1,39.

A pesquisa do Procon-PE analisou os preços de 27 produtos de alimentação, limpeza doméstica e higiene pessoal em 26 estabelecimentos em Recife, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista. A análise foi feita entre os dias 20 e 25 de março.

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