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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil |
O dólar operou em queda nesta quarta-feira (22) chegando a R$ 5,91, na mínima do dia, variando 1,40%. Nos últimos meses de 2024, o dólar se manteve acima de R$ 6. De acordo com o economista e sócio-diretor da PPK Consultoria, João Rogério Filho, essa queda é uma resposta do mercado em relação à expectativa em torno das medidas comerciais que podem ser adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tomou posse pela segunda vez no país na segunda-feira (20).
Segundo João Rogério, a queda do dólar hoje deve-se à demora do mercado em perceber os efeitos de algumas medidas protecionistas efetivas, do ponto de vista de barreiras alfandegárias pelo governo Trump, que devem ser implementadas. “Então é como se a promessa que ele fez de imediatamente baixar algumas medidas alfandegárias, não fosse cumprida e com isso a posição do real ante o dólar se mostra ligeiramente valorizado”, destaca.
Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçou o plano de impor tarifas de 10% à China e à União Europeia, valor abaixo do esperado pelo mercado, além das alíquotas de 25% contra o México e o Canadá. A expectativa, ainda sem confirmação, fez com que o dólar perdesse força no cenário global.
Ainda de acordo com o economista, no câmbio de equilíbrio, ou seja, no cenário ideal, o dólar estaria próximo a R$ 5,50. Contudo, ele projeta que a moeda não chegará nesse patamar rapidamente, mas deve continuar oscilando entre R$ 5,90 e R$ 6 nas próximas semanas.