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DESEQUILÍBRIO FISCAL

Previdência: rombo aumenta quase 20% em setembro frente ao mesmo mês de 2023

Dados do Tesouro Nacional divulgados nesta quinta-feira (7/11) revelam que Previdência Social registrou déficit de R$ 26,2 bilhões

Publicado em: 07/11/2024 16:07


O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, comenta os resultados do Tesouro Nacional nesta quinta-feira (7/11) (foto: Raphael Pati/CB/DA.Press)
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, comenta os resultados do Tesouro Nacional nesta quinta-feira (7/11) (foto: Raphael Pati/CB/DA.Press)

O Governo Central registrou déficit primário de R$ 5,3 bilhões no último mês de setembro. O resultado é bastante inferior ao registrado no mesmo mês do ano anterior, quando houve um superavit de R$ 11,6 bilhões, em valores nominais, e surpreendeu os técnicos do Ministério da Fazenda, que projetavam um deficit de R$ 2 bilhões no mesmo período.

 

Em setembro, o resultado deficitario do governo foi causado pelo aumento do rombo na Previdência Social (RGPS), que registrou deficit primário de R$ 26,2 bilhões em setembro. Esse número representa um aumento de 20% no rombo previdenciário em relação ao mesmo mês em 2023.

 

De acordo com o Tesouro, um dos principais fatores que influenciaram o deficit do RGPS do mês de setembro foi o pagamento antecipado de R$ 4,3 bilhões em precatórios federais destinados à recuperação do Rio Grande do Sul, que seriam realizados apenas em 2025.

 

Também houve um crescimento real de R$ 1,1 bilhão nas despesas com Benefícios de Prestação Continuada (BPC) pelo regime de Renda Mensal Vitalícia (RMV), que, de acordo com o governo, é resultado direto do aumento do número de beneficiários, além do aumento do salário mínimo, que passou de R$ 1.302 para R$ 1.412 nesse período.

 

Já o resultado conjunto do Banco Central e do Tesouro Nacional registrou um superavit de R$ 20,9 bilhões no mesmo período. Na comparação com setembro de 2023, houve um decréscimo real de 8,5% na receita líquida, o que indica uma diferença de R$ 15,1 bilhões, além de um aumento de 1,4% das despesas totais, ou R$ 2,3 bilhões em valores nominais.

 

No acumulado do ano, até setembro, o Tesouro registrou um deficit primário de R$ 105,2 bilhões, que supera em cerca de 6,5% o resultado do mês de setembro de 2023, quando houve deficit de R$ 94,3 bilhões. Nesse período, a Previdência Social acumulou um rombo de R$ 265,8 bilhões, ante superavit de R$ 160,6 bilhões do Tesouro Nacional e Banco Central.

 

 

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