Desafio
Pernambuco vai precisar formar 393,4 mil profissionais até 2027, diz Senai
Dado é do Observatório da Indústria, ferramenta desenvolvida pelo Senai para orientar tomadas de decisão
Por: Felipe Resk
Publicado em: 01/11/2024 16:14 | Atualizado em: 01/11/2024 16:46
Gerente de Pesquisa e Prospectiva do Senai, Ana Paula Vasconcelos Cruz apresenta Observatório da Indústria (Rafael Vieira/DP Foto) |
Para atender as necessidades da indústria e garantir a produtividade no Estado, Pernambuco vai precisar formar 393.490 profissionais até 2027. Esse número inclui formações iniciais e requalificações de trabalhadores que já desempenham alguma função.
O dado é do Observatório da Indústria, centro de inteligência desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que reúne e acompanha mais de 100 indicadores estratégicos. Os objetivos da iniciativa incluem antecipar desafios do setor e construir soluções com antecedência.
Segundo a ferramenta, 64,4 mil profissionais terão que passar pela formação inicial em Pernambuco. Já outros 329,1 mil deverão ser requalificados para atualizar suas competências nos trabalhos que já são desenvolvidos.
Com necessidade prevista de qualificar 33 mil profissionais, a construção lidera o ranking de demanda nos próximos anos. Em seguida, aparecem as áreas de operações industriais e de logística e transporte.
“A indústria é muito rápida e precisa de informações confiáveis para a tomada de decisão”, afirma Ana Paula Vasconcelos Cruz, gerente de Pesquisa e Prospectiva. “Os dados também são importantes para que a gente adeque as formações às necessidades do setor”.
Observatório
Hoje, Ana Paula está à frente de uma equipe de 42 pessoas que ficam responsáveis por analisar os números, elaborar relatórios e sugerir soluções. Multidisciplinar, o grupo é composto por profissionais de formações diversas, como desenvolvedores, estatísticos e sociólogos.
Para alimentar o Observatório da Indústria, a equipe do Senai produz dados primários, obtidos com pesquisas ou cruzamentos próprios.
Um dos exemplos é o Monitor Nacional de Investimentos, aba que compila previsões de aportes no País, com recortes por estados e setores, a partir de notícias e anúncios oficiais. Também há seções dedicadas ao mapa do trabalho, incentivos fiscais e comércio exterior.
Outra parte dos dados é colhida por meio de bases abertas. Entre eles, está o saldo de empregos, informado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e o índice de produção industrial, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No site oficial, é possível acessar gratuitamente boletins mensais do Observatório, acompanhar pesquisas e relatórios desenvolvidos pelo grupo e ter acesso a 16 indicadores, em tempo real. Outros dados, no entanto, só ficam disponíveis por contratação da ferramenta.
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