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Inflação preocupa e seca é risco para alimentos e energia, diz Campos Neto

O presidente do BC destaca que o PIB potencial do Brasil, que indica a capacidade de um país em expandir sua economia sem impactar a inflação, parece estar crescendo acima do esperado

Publicado: 24/09/2024 às 11:45

O chefe do BC comentou ainda sobre a situação fiscal do país e ponderou que o mercado está apreensivo/Crédito: Reprodução/Twitter/GloboNews

O chefe do BC comentou ainda sobre a situação fiscal do país e ponderou que o mercado está apreensivo (Crédito: Reprodução/Twitter/GloboNews)

O chefe do BC comentou ainda sobre a situação fiscal do país e ponderou que o mercado está apreensivo

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (24/9) que a dinâmica da inflação ainda preocupa a autoridade monetária e alertou que a seca que atinge diversas partes do Brasil é um risco para os preços de energia e alimentos.

 

“Quando se olha a dinâmica de inflação, ela preocupa um pouco o BC. Há preocupação no longo prazo com efeitos da seca”, destacou em palestra no Safra Brazil Conference 2024, em São Paulo.

 

Segundo ele, o país parece crescer acima do Produto Interno Bruto (PIB) potencial, que é o que indica a capacidade de um país em expandir sua economia sem impactar a inflação. “Parte das previsões do PIB vem surpreendendo para cima. O consumo das famílias segue forte, o mercado de trabalho também segue forte. Temos tentado separar o que do crescimento do consumo é estrutural e o que é estímulo fiscal”, avaliou. 

 

Para Campos Neto, ainda não há uma certeza absoluta sobre a influência da mão de obra apertada na inflação, "mas há indícios de que é um fator que começa a ser mais restritivo". “Temos um desconforto grande com as expectativas de inflação. Mais recentemente, vimos 2024 subindo, e as projeções para 2025 ainda estão bem acima da meta”, enfatizou.

 

O chefe do BC comentou ainda sobre a situação fiscal do país e ponderou que o mercado está apreensivo. “Temos no momento por parte do mercado uma preocupação maior com o fiscal, não só com relação à trajetória da dívida mas também quanto à transparência dos números, e isso tem se refletido nos preços do mercado”, disse. 

 

Campos Neto afirmou que para a autarquia é “difícil falar de fiscal”: “Entendemos que o próprio arcabouço fiscal vai levar, sim, a uma desaceleração de gastos públicos e vai haver desaceleração dos gastos no segundo semestre”.

 

Sobre a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta manhã, em que o colegiado optou por elevar a taxa básica de juros (Selic) para 10,75% ao ano, ele afirmou que “o voto foi bastante coeso, com uma percepção unânime sobre forma de comunicar”. 

 

As informações são do Correio Braziliense. 

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