Fecomércio Pernambuco apresenta estudo sobre oportunidades econômicas no Centro do Recife

O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac Pernambuco, Bernardo Peixoto, destacou que estudo tem como intuito mostrar as principais oportunidades para atrações de investimentos no centro da capital (Crédito: Makermídia)

A Fecomércio Pernambuco apresentou nesta terça-feira (18), o estudo “Perspectivas e Oportunidades Econômicas Centro do Recife 2024”. O levantamento elaborado pela Fecomércio - PE, em parceria do com o Sebrae - PE, pela Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan), identifica oportunidades econômicas para o desenvolvimento dos bairros centrais do Recife. O evento aconteceu na Casa do Comércio, no bairro de Santo Amaro, no Recife, e contou com a presença de autoridades dos setores público e privado do estado.

No trabalho, que foi realizado em um período de cerca de três meses, foi levado em consideração os bairros: Boa Vista, Soledade, Santo Antônio, São José, Recife Antigo, Santo Amaro, Ilha do Leite, Coelhos e Paissandu. O levantamento identificou obstáculos locais como a desvalorização imobiliária, o alto custo da legislação de preservação histórico-cultural que inibiu o investimento na conservação do patrimônio privado. Além da degradação dos espaços públicos, a evasão de organizações públicas e privadas, a insegurança e a dificuldade de mobilidade, fatores que afastam a circulação de pessoas em algumas partes do território. 

“Esse estudo, feito por economistas de Pernambuco, é uma maneira de mostrar as dificuldades e as oportunidades do centro aos empresários para atrair investimentos para o centro”, destacou o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac Pernambuco, Bernardo Peixoto, que também mencionou o sucesso da primeira pesquisa desse modelo, feita pela Ceplan no município de Serra Talhada em 2021. 

No contexto externo, a pesquisa cita indicadores como a expansão urbana da rede de comércio e serviços na periferia, a digitalização dos serviços e também o crescimento do e-commerce como desafios que também influenciam a queda da movimentação de pessoas nessas áreas. 

Diante dessas problemáticas, a pesquisa destaca oportunidades econômicas que podem ser consideradas pela posição central e estratégica e a presença de pólos educacionais, empresariais e de comércio que funcionam nessas regiões. Como iniciativas para esse cenário, foram levantadas ações que já vêm sendo realizadas na capital como a criação de empreendimentos residenciais, de hotelaria, eventos e saúde. 

O economista e sócio da Ceplan, Valdeci Monteiro, responsável pela apresentação do conteúdo no encontro (Crédito: Makermídia)

O economista e sócio da Ceplan, Valdeci Monteiro, responsável pela apresentação do conteúdo no encontro, destacou que a reformulação do comércio deve ser um dos vetores para a sua recuperação. “É possível recuperar, não vai ser mais o mesmo comércio de antes. No mundo todo o varejo muda, mas é possível recuperar esse varejo, sendo bem específico, com as ruas que vão ser revitalizadas. A grande mensagem é que as pessoas voltem a morar e a circular no centro”, apontou.

Investimentos 

Durante o evento, Bernardo Peixoto também citou os investimentos gerais de R$ 100 milhões, vindos dos departamentos regionais e nacionais do Sesc e do Senac no centro do Recife. Entre as ações que serão realizadas pelo sistema, Peixoto citou a construção do Centro de Saúde do Senac, para o funcionamento de cursos e capacitações na área pelo sistema, no Edifício San Diego, na Avenida Dantas Barreto e também as obras do Centro de Produção Cultural, em Santo Amaro.

Participaram do evento, a chefe de gabinete do Centro do Recife (Recentro), Ana Paula Vilaça, o secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Carlos Santana, entidades da Universidade Católica de Pernambuco e empresários locais.