Trabalho

Recife gera 3.500 empregos com carteira assinada em abril; Estado tem resultado negativo

Capital teve o maior saldo positivo, no período, nos últimos 5 anos

Publicado em: 29/05/2024 16:10 | Atualizado em: 29/05/2024 20:13

A capital obteve saldo positivo de 3.500 empregos formais no mês de abril, em decorrência das 19.666 admissões e 16.166 desligamentos no período (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A capital obteve saldo positivo de 3.500 empregos formais no mês de abril, em decorrência das 19.666 admissões e 16.166 desligamentos no período (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O Recife segue liderando a empregabilidade formal em Pernambuco, que encerrou o mês de abril com saldo negativo de -1.103 empregos. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de abril.
 
A capital apresentou saldo positivo na criação de postos de trabalho formais em abril. Neste mês, a cidade gerou 3.500 novas contratações. Segundo a prefeitura municipal, esse é o melhor mês de abril dos últimos cinco anos da cidade. No Nordeste, o Recife ficou em segundo lugar no ranking de capitais que mais geraram emprego no período, atrás de Fortaleza por apenas 3 empregos (3.503). Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
 
No Recife, foi registrado o saldo positivo de 3.500 empregos formais no mês de abril, em decorrência das 19.666 admissões e 16.166 desligamentos no período. Separando os dados por gênero, escolaridade e idade, a maior parte dos contratados foi de homens (2.153), contra 1.347 mulheres. Profissionais com ensino médio completo foram os responsáveis pelo melhor saldo positivo em relação ao grau de instrução: foram 2.627 contratações em abril de 2024. Por faixa etária, o maior resultado foi entre 18 e 24 anos, com 1.667 vínculos formais de emprego.
 
No município, o setor de Serviços registrou a maior participação na geração de empregos em abril. Este grupo econômico contratou 12.284 profissionais e desligou 9.630, gerando saldo positivo de 2.654 vínculos de trabalho. O segmento da Construção foi o segundo mais relevante no levantamento, com saldo de 536, seguido por Indústria (264), Comércio (38) e Agropecuária (8).
 
Em contrapartida, o estado fechou o mês de abril com saldo negativo de -1.103, resultado das 52.533 admissões e 53.636 desligamentos durante o período. De acordo com o Governo do estado, o saldo negativo de abril em Pernambuco foi reflexo, principalmente, do setor da Indústria, com ênfase na categoria de Fabricação e Refino de Açúcar, que fechou 5.884 postos de trabalho. Paralelo a isso, o setor de Agropecuária perdeu 745 empregos na categoria Cultivo de Uva e 680 na categoria Cultivo de Cana-de-açúcar.
 
De acordo com o Governo de Pernambuco, os trabalhadores rurais e da indústria da cana-de-açúcar desligados na entressafra, tiveram um incremento, desde o ano passado, de 73% no valor do benefício do Programa Chapéu de Palha. Os que já estão cadastrados, começam a receber o dinheiro a partir do mês de junho. Além disso, o governo estadual oferece o programa Qualifica PE, para a recolocação dos pernambucanos no mercado de trabalho com diversos cursos gratuitos, em parceria com o Sistema S.
 
Entre os setores do estado, três tiveram saldo de empregos positivo em abril de 2024: Serviços (4.436), Construção Civil (1.651) e Comércio (487).  

Brasil
 
No geral, o país registrou saldo positivo de 240.033 empregos com carteira assinada. O resultado de abril decorreu de 2.260.439 admissões e de 2.020.406 desligamentos. Esse é o melhor resultado de abril desde 2013 e supera o período de 2023, quando foram geradas 180 mil vagas formais.
 
De janeiro a abril de 2024, o acumulado é de 958.425 postos de trabalho no país, o melhor resultado desde 2011. Nos últimos 12 meses, a geração alcança 1,7 milhões de postos formais. 
 
O maior crescimento do emprego formal no período ocorreu no setor de serviços, com a criação de 138.309 postos. Na indústria, foram 35.990 postos, concentrados na indústria da transformação. Na construção, foram 31.893 postos; no comércio, 27.272 postos; e na agropecuária, 6.576 postos.


Saldo de emprego nas capitais do Nordeste:

Fortaleza/CE: 3.503
Recife/PE: 3.500
Salvador/BA: 3.250
Teresina/PI: 1.875
São Luís/MA: 1.562
Maceió/AL: 1.355
João Pessoa/PB: 1.264
Aracaju/SE: 1.028
Natal/RN: 864

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