Iindústria

Stellantis anuncia investimento de R$ 30 bilhões no Brasil

Serão desenvolvidas quatro plataformas, 40 modelos e oito propulsores. Primeiro veículo deve sair da fábrica de Goiana (PE)

Publicado em: 06/03/2024 13:30 | Atualizado em: 06/03/2024 13:44

CEO Global da Stellantis, Carlos Tavares, afirma que investimento é o maior da indústria automotiva no Brasil (Pedro Ivo Bernardes)
CEO Global da Stellantis, Carlos Tavares, afirma que investimento é o maior da indústria automotiva no Brasil (Pedro Ivo Bernardes)
A Stellantis, conglomerado automotivo que reúne marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citröen, anunciou, nesta quarta-feira (6), seu novo plano de investimentos para o Brasil, com a previsão de um aporte de R$ 30 bilhões entre 2025 e 2030. Outros R$ 2 bilhões estão em estudo para serem investidos na Argentina, onde o grupo adquiriu uma participação de 20% na Argentina Lítio y Energia. O plano foi apresentado ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento Econômico, Geraldo Alckmin. Com o plano, a Stellantis formaliza a adesão ao programa Mover, que prevê a distribuição de R$ 19,3 bilhões em incentivos para o desenvolvimento de veículos sustentáveis no país.

De acordo com o CEO global da holding, o português Carlos Tavares, trata-se do maior investimento da indústria automotiva na América Latina. Apesar de não detalhar quanto desses recursos serão destinados à fábrica de Goiana, na Zona da Mata Norte do estado, essa projeção de investimentos foi uma das exigências do governo federal para renovação dos incentivos fiscais destinados à planta pernambucana até 2032.

O projeto, batizado de Bio-Hybrid, contempla quatro plataformas, com o primeiro modelo chegando ao mercado nacional ainda no segundo semestre deste ano. A Stellantis não confirma qual será esse primeiro lançamento, mas a previsão é que ele sairá da fábrica de Goiana. No setor,  especula-se que esse veículo será o Compass Bio-Hybrid. Há ainda a previsão de aprimoramento do motor 100% a etanol, produzido na unidade de Betim (MG), que deverá passar a equipar alguns dos modelos híbridos das marcas..

Tavares afirma que a América do Sul terá um papel fundamental na descarbonização da mobilidade, com destaque para os bio híbridos. “Os veículos flexfuel já têm uma pegada de carbono similar aos carros elétricos, porém os elétricos têm um custo de cerca 30% a 40% mais alto que os automóveis tradicionais. Por isso, ou geramos uma demanda para ganhar escala e reduzir os custos ou vamos depender de subsídios governamentais”, ponderou Tavares.

Para o COO Stellantis para a América Latina, Emanuele Cappellano, a expectativa é chegar a 2030 com uma participação de veículos 100% elétricos da ordem de 20% no mix de modelos do grupo. “Entramos num novo ciclo virtuoso no Brasil, com a implementação de quatro plataformas, oito propulsores e 40 modelos. É claro que estaremos atentos ao mercado e podemos alterar nossas metas de acordo com as demandas”, destacou Cappellano.

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