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Quatro em cada cinco pernambucanos passarão o Carnaval com dívidas acumuladas, aponta Fecomércio

Conforme levantamento, o cartão de crédito é responsável por 92,2% das pendências, seguido por carnês e crédito pessoal

Publicado em: 07/02/2024 09:24 | Atualizado em: 07/02/2024 09:38

Atraso médio no pagamento é de 58 dias, afetando 30,8% da renda (Freepik)
Atraso médio no pagamento é de 58 dias, afetando 30,8% da renda (Freepik)

Pouco mais de 82% das famílias pernambucanas vão passar o Carnaval 2024 endividadas. Deste total, 30,6% enfrentam contas em atraso e 14,7% não conseguem pagar suas dívidas. Os dados foram anunciados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomércio-PE), baseados na mais recente edição da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC).

De acordo com o levantamento, o cartão de crédito é responsável por 92,2% das dívidas, seguido por carnês, 29,4%, e crédito pessoal, 6,7%. O atraso médio no pagamento é de 58 dias, afetando 30,8% da renda. 

Além disso, o recorte destacou diferenças significativas entre famílias com renda de até 10 salários mínimos e aquelas com renda superior a 10 salários mínimos. Enquanto 33% das famílias de menor renda relataram dívidas em atraso, apenas 5% das famílias mais abastadas estavam nessa situação.

Tais disparidades refletem desigualdades econômicas, limitando o acesso ao crédito para famílias de menor poder aquisitivo. “É importante o acesso equitativo a oportunidades econômicas para mitigar essas disparidades e promover um desenvolvimento mais inclusivo”, explica o economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima.

O presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), José Roberto Tadros, destaca o aspecto nacional da PEIC de janeiro, a qual mostra um cenário positivo para 2024. “As pessoas estão conseguindo, aos poucos, quitar suas dívidas para contrair outras e adquirir novos produtos, planejar viagens, enfim, voltar a consumir com mais fôlego”, avalia o presidente. Segundo Tadros, as projeções da Confederação apontam que 2024 deve continuar, gradualmente, com aumento do endividamento e redução das famílias inadimplentes.

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