DINHEIRO

Crescimento do mercado pet traz oportunidades de negócios em Pernambuco

Faturamento previsto no setor de animais de estimação, que é dominado pelos negócios de pequeno porte, é de R$ 67,4 milhões

Publicado em: 28/11/2023 09:38

Movimentação atrai os olhares de quem busca a chance de ter seu próprio negócio (Foto: ASN/Divulgação)
Movimentação atrai os olhares de quem busca a chance de ter seu próprio negócio (Foto: ASN/Divulgação)

O ano de 2023 deve encerrar com uma movimentação na ordem de R$ 67,4 milhões no mercado de animais de estimação, incluindo os nichos de saúde, nutrição, tecnologia, equipamentos, acessórios, entre outros. Os dados são do Instituto Pet Brasil, que projeta um crescimento de 12,2% sobre o ano anterior. Já a indústria do setor, representada pela Abinpet, e que acumula também a fabricação de insumos, apresenta um montante bem superior, assinalando mais de R$ 46 bilhões. Nos eixos do comércio e serviços, todo o tipo de item pode ser encontrado para os bichos.

O Brasil figura como o terceiro país em faturamento na escala global. Já Pernambuco fica inserido na fatia promissora do Nordeste, que aparece no ranking como a segunda maior região em faturamento, com 20% do consumo. O mais recente levantamento do IBGE apontou a presença de cães ou gatos em 48 milhões de domicílios. Os cachorros ainda são o animal mais popular, presente em 75% dos domicílios, enquanto os gatos aparecem em segundo lugar, com 40%, e as aves em terceiro, 11%.

Toda esta movimentação atrai os olhares de quem busca uma oportunidade de ter o seu próprio negócio, alcançando bons resultados. O auxiliar de produção Eduardo Mendes, de 44 anos, deixou a empresa em que trabalhava, há 15 anos, e junto com a esposa resolveu montar um pet shop em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. "Apliquei o dinheiro que recebi de indenização e somei com algumas pequenas economias. Alugamos um ponto pequeno e, em pouco tempo, o aumento da clientela já nos levou a ampliar. Foi uma aposta arriscada, mas que deu muito certo", revela, lembrando os planos de abrir uma filial.

A realidade é asseverada pelo Sebrae, que aponta que os pequenos negócios comandam a área. O apanhado mostra que dos cerca de  230 mil negócios voltados ao setor pet, mais da metade, 130 mil, são microempreendedores individuais (MEIs). O auxiliar de logística, Wagner Gomes, 41, está de olho nesse time campeão. Há alguns meses, realizou o sonho dos filhos ao adquirir um filhote de Yorkshire Terrier, raça de cães de pequeno porte, que se tornou o caçula da família. Mas isto despertou nele o desejo de ir além. "A gente observou que no condomínio em que moramos tem muitos animais e uma carência de locais que realizem banho e tosa. Estou adaptando um quarto, vou me capacitar na área e assim conseguir uma renda extra", diz, com otimismo.

De olho neste campo que não para de crescer, aporta no Centro de Convenções de Pernambuco, até a próxima quarta-feira (29), a sexta edição da feira Petnor. A entrada é gratuita, das 14h às 22h, com a expectativa de público de 20 mil pessoas e uma série de lançamentos. Na programação está também o Congresso Nordestino de Especialidades Veterinárias de Pequenos Animais (Conevepa); o Degrau Pet, com o ciclo de 16 palestras; e o Petnor Groomer, uma forma de show temático com campeonato de estética. Ao todo, estão previstos 160 expositores e 210 marcas.

De acordo com o organizador, Paulo André Moura, mais de R$ 20 milhões devem circular, durante os três dias do encontro. "Ao longo do tempo fomos adquirindo mais expertise e hoje reunimos expositores de vários estados do país. Em nosso público-alvo estão donos de pet shops, casas de rações, distribuidoras, representantes comerciais, veterinários e toda uma extensa cadeia. É um evento para quem já faz parte, mas também para todas aquelas pessoas que sentem proximidade com o segmento e desejam ingressar", explica. 

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