Recursos

R$ 422 milhões para a atração de empresas e geração de empregos em Pernambuco

Investimentos aprovados partem de captação junto à iniciativa privada, com a promessa da criação de 2,1 mil postos de trabalho

Publicado em: 11/10/2023 14:18 | Atualizado em: 11/10/2023 14:35

Anúncio do aporte ocorreu durante a reunião do Condic (Rômulo Chico/ Esp. DP)
Anúncio do aporte ocorreu durante a reunião do Condic (Rômulo Chico/ Esp. DP)

Mais de R$ 422 milhões foram aprovados em investimentos para Pernambuco. O montante faz parte da atração de empresas, por meio de 78 projetos industriais, na Região Metropolitana do Recife (RMR) e Interior do estado. A promessa é da geração de cerca de 2,1 mil postos de trabalho. Contudo, apesar dos incentivos fiscais, empresários retratam que o cenário ainda se mostra retraído, diante de incertezas tributárias.

Os empreendimentos abrangem as áreas alimentícia, automotiva, farmacoquímica, metalúrgica, eletroeletrônica, agronegócio, entre outros. As propostas são captadas na esteira de dois programas: Prodepe e Proind, ambos voltados à indução de desenvolvimento. O anúncio de aportes ocorreu durante a reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), a segunda da atual gestão do estado, que acontece sob reclamações, após um hiato de seis meses.

"De fato, tivemos um intervalo, algo necessário para formar um consenso dentro do governo sobre a legislação. Mas que também nos ajudou a trazer um conjunto maior de negócios. A nossa expectativa é que, à medida que a gente for caminhando, vamos conseguir lançar aqueles grandes investimentos, de maior porte e ciclo de maturidade, para que a gente possa fazer o processo de atração. Mas já estou bastante animado com o que é possível noticiar hoje", explicou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti.

O gestor pontuou que a reforma tributária trouxe uma limitação no tempo ofertado aos empreendedores para a amortização do ICMS, com término assinalado para 2032. "Estamos agora no cenário nacional, com um novo projeto de estado de longo prazo e uma nova proposta de valor para as empresas. É algo que vem sendo entendido, traduzido para dentro do empresariado, alimentando a sua nova matriz de decisão", disse.

Em geral, a frente de novas operações inclui a instalação inicial, ampliação física da planta, modernização, assim como a criação de novas linhas de produtos. Entre os destaques, com mais capital investido, está a fábrica de alimentos Marilan, localizada em Igarassu, na RMR, com R$ 119 milhões, acompanhada do grupo Baterias Moura, em Belo Jardim, no Agreste Central, com R$ 35 milhões. As duas preveem 40 e 45 vagas de emprego, respectivamente. Outro grupo de 29 propostas, catalogadas como empresas de importação, além de mais 21 centrais de distribuição, também receberam o aval do conselho.

O vice-presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Renato Cunha, avalia que o panorama ainda é tímido, carente de instrumentos que encorajem a movimentação econômica. "Os incentivos fiscais, em comparativo com outros estados, são pouco atraentes para um investidor, que ainda fica com medo", apontou. Segundo ele, o advento do Consórcio Nordeste pode reduzir as dificuldades. "Nossa região ainda tem um fosso grande e é preciso que se invista mais, inclusive na infraestrutura, para que a gente possa, de fato, crescer", completou.

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