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Administradora judicial pede falência do Grupo Itapemirim

Publicado: 20/07/2022 às 22:33

/Foto: Divulgação/Itapemirim

/Foto: Divulgação/Itapemirim

Responsável por administrar o processo de recuperação judicial do Grupo Itapemirim, a EXM Partners pediu a falência da empresa em razão do descumprimento do plano para quitação do passivo superior a R$ 2 bilhões.

Uma proposta da companhia Suzantur é vista como vantajosa para a massa falida e aos credores, que não estão sendo pagos por falta de recursos.

Em 2016, o empresário Sidnei Piva adquiriu o controle da Itapemirim, que estava em recuperação judicial, por apenas R$ 1. No entanto, com o passar do tempo, a companhia não conseguiu mais arcar com a folha salarial, nem tampouco pagar fornecedores e recolher impostos.

Segundo o representante da EXM Partners, Eduardo Scarpellini, R$ 45 milhões da Itapemirim foram desviados para a criação da companhia aérea ITA, que encerrou as atividades em dezembro de 2021.

Nos últimos cinco anos, o quadro de funcionários do grupo diminuiu de 3.776, em 2017, para apenas 197, em 2022. O faturamento também caiu de maneira vertiginosa, de R$ 15,6 milhões mensais, em 2021, para os atuais R$ 373,4 mil.

Além disso, as linhas concedidas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foram canceladas e os ônibus usados pela Itapemirim necessitam de manutenção.

Proposta da Suzantur

A Suzantur ofereceu  1,5% da receita líquida da venda das passagens, sendo garantido o mínimo mensal de R$ 200 mil, para o Grupo Itapemirim.

O arrendamento de todas linhas, guichês e salas VIP da Itapemirim e Kaissara por um ano. Pagar o aluguel de um imóvel em Curitiba, com valores de mercado por dois anos.

Caso a Itapemirim e a Kaissara sejam vendidas, após 12 meses, a Suzantur deverá ser indenizada pelos investimentos feitos no período. Isso inclui operações, rescisões trabalhistas e fornecedores.

E pede 50% de desconto no caso de participar de leilões para arrematar a Itapemirim
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