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EMPREENDIMENTO

Estudo de viabilidade ambiental auxilia no investimento empresarial

Publicado: 26/05/2022 às 11:35

/Foto: Divulgação

(Foto: Divulgação)

Suponha que um empresário queira construir um empreendimento. Ele conversa com corretores de imóveis, sua área de engenharia, arquitetos, sua área de negócios. Então, escolhe um terreno para a implantação do empreendimento e bola pra frente. Certo? Nem sempre. Tudo pode dar muito errado pois a área escolhida pode apresentar uma série de limitações e impedimentos legais, podendo inclusive o empreendimento ser impedido de ser licenciado. Neste sentido, um estudo preliminar de fundamental importância no planejamento inicial é o Estudo de Viabilidade Ambiental - EVA. 

“Da mesma maneira que um estudo de viabilidade econômica é fundamental para um empreendimento, um estudo de viabilidade ambiental deve ser contratado na fase preliminar, antes mesmo de se pensar ou conceber um projeto”, explica o consultor, especialista em planejamento e gerenciamento ambiental, diretor da Método Ambiental, Mauro Buarque. Um Estudo de Viabilidade Ambiental - EVA traz, de forma preliminar, um breve perfil da área, apontando as restrições legais e, muitas vezes, sinalizando para a importância de outros estudos iniciais, como um inventário florestal, sondagem de solo, ruído, fauna, entre outros. Quando há um projeto de negócio pré-concebido, e só depois vem a execução do EVA, na maioria das vezes são necessários ajustes, o que pode implicar em mais custos. Daí a sua importância ainda na fase inicial. Também acontece de a consultoria contraindicar o projeto naquele local, ou mesmo não recomendar sequer a aquisição do terreno.

O diretor da Método Ambiental, Mauro Buarque, conta que muitas vezes o empresário procura a consultoria antes mesmo de adquirir o terreno. "Não raro, somos procurados para estudos de viabilidade de terrenos e áreas ainda ocupadas por outras atividades, para que o empresário conheça os impeditivos legais antes de desembolsar para a sua compra", explica.
 
Na Método Ambiental, que tem mais de 20 anos de atuação no segmento, nos últimos três anos o EVA foi o carro-chefe do portfólio, que engloba mais de 30 produtos - entre estudos e serviços. Segundo Mauro Buarque, essa procura alta por estudos prévios nas empresas sinaliza a consolidação de um trabalho que vem se tornando estratégico para empresários e empreendedores em geral, de Pernambuco e de outros estados. "Temos sido demandados na fase de pré-concepção de um projeto ou empreendimento, quando alocamos toda a nossa expertise para ajudar a delinear o projeto dentro da legalidade ambiental e sobretudo trazendo ativos ambientais aos produtos que levam nosso DNA", dispara Buarque. "Não basta possuir a anuência de instalação, o olhar ambiental hoje pode agregar desde um aproveitamento de flora nativa até um licenciamento mais fluido, que pode seguir mais célere e de forma técnica, uma vez que não costuma haver retrabalho de desenho de projetos para adequação à legislação ambiental e urbanística", acrescenta.

A CEO da Iron House - empresa do Grupo Cornélio Brennand com foco em desenvolvimento, investimento e gestão de ativos imobiliários -, Leticia Simonetti, diz que o Estudo de Viabilidade Ambiental é muito importante no desenvolvimento de empreendimentos pela empresa. "Esse estudo preliminar direciona a concepção inicial de um projeto permitindo que todo o processo de desenvolvimento flua de forma mais rápida e objetiva", pontua. Letícia ainda destaca que, através de um EVA, os recursos ambientais podem ser incorporados aos projetos no momento de sua idealização.

O Grupo Rio Ave, do ramo de construção de edifícios residenciais e empresariais de alto padrão no Recife, também aposta nos estudos preliminares para uma definição mais precisa dos investimentos, entre eles o Estudo de Viabilidade Ambiental. “O EVA sinaliza preliminarmente a viabilidade ou não de um empreendimento e é por isso que ele, historicamente, está entre os estudos que têm importância fundamental nos nossos projetos, independentemente de limites geográficos", afirma a advogada do Grupo, Carla Taveira.   

Para Mauro Buarque, está crescendo o número de empreendedores mais atentos e comprometidos com as normas. “Eles entenderam que as suas obrigações podem ser transformadas em diferenciais verdadeiramente sustentáveis para um projeto”, revela.  Também, quando há a contratação para um EVA, em geral, os empresários seguem com a consultoria estratégica, o que acaba impactando positivamente em todo o processo de licenciamento, de forma mais técnica e profissional, e até mesmo após a licença de operação, uma vez que a questão ambiental passa a ser incorporada de forma profissional nesses empreendimentos.
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