Economia
MERCADO
Presidente da ACP e empresários debatem sobre setor econômico na Mostra RioMar Casa
Publicado: 22/09/2021 às 15:54

(Tiago Carneiro, presidente da Associação Comercial de Pernambuco (ACP), que liderou o debate. (Foto: divulgação))
O presidente da Associação Comercial de Pernambuco (ACP), Tiago Carneiro, liderou um debate público sobre gestão, patrimônio histórico e projetos para o setor empresarial, na noite desta terça-feira (21), contando com a participação especial do vice-presidente da ACP, Victor Tavares de Melo. A reunião fez parte da mostra de arquitetura e decoração RioMar Casa 2021, que abriga diversas exposições sobre os mais variados temas pertinentes a negócios de todos os setores. A oitava edição da mostra, referência no setor e que vem sendo um sucesso há quase um mês, segue até o próximo domingo (26).
A conversa aconteceu no Lounge da Zafiro, no piso L3 do Shopping RioMar Recife, no bairro do Pina. Entre os assuntos discutidos, destacaram-se a origem do associativismo, a importância da ACP para a história de Pernambuco e seus feitos recentes na luta pelos interesses da sociedade e do setor privado, além de projetos de modernização, mobilidade e urbanismo no bairro do Recife, com destaque para o empreendimento Moinho Recife Business & Life, da parceria entre a Revitalis Incorporações e a construtora Moura Dubeux.
Quem abriu o bate-papo foi a jornalista e diretora do evento, Carlota Guerra, que não mediu palavras para expressar sua gratidão pela presença do presidente e dos membros da diretoria e do conselho da ACP, bem como dos outros empresários e convidados que estavam no local. Com muito entusiasmo, Carlota reiterou a magnitude da mostra RioMar Casa, e seu empenho para mostrar os negócios pernambucanos ao mundo todo, como forma de valorizar e dar visibilidade aos melhores talentos do estado.

“A nova diretoria da ACP está voltando para 2022 com carga, energia e vitalidade. O novo presidente, Tiago Carneiro, vai explicar para vocês o porquê de estarmos reunidos na mostra RioMar Casa. A mostra é feita, predominantemente, de empresas comerciais, porque a indústria não está em Pernambuco. A indústria do setor de arquitetura, decoração, lifestyle e design não está em Pernambuco, por ser um setor que precisa lutar muito para alcançar o Sul e Sudeste para ser valorizado. Ter Tiago Carneiro no nosso evento é uma honra, tendo em vista que a RioMar Casa é a única feira de negócios indoor em shopping, com entrada gratuita e fluxo de cem mil visitantes e negócios acima de R$ 50 milhões. Me sinto muito regozijada, e quero estender esse prestígio para o presidente da ACP e sua diretoria, mas não vamos nos prender apenas aqui, pois esse é só o começo para 2022”, expressou orgulhosamente.
A Associação Comercial de Pernambuco
Após as calorosas palavras, Tiago Carneiro, comandou a conversa, falando inicialmente sobre a origem e o significado do associativismo, e como ele levou à fundação da ACP, em 1839, o que a leva a ser a mais antiga entidade associativa do setor empresarial de Pernambuco, com seus 182 anos de atividade ininterrupta. “Existe um estudo europeu que diz que as sociedades mais desenvolvidas são aquelas que possuem maior organização. Então, quanto maior a taxa de participação de entidades associativas, maior será o desenvolvimento na sociedade”, afirmou.
De acordo com o presidente da entidade, o associativismo representa a união de diversas pessoas ou grupos de organizações que se reúnem para defender um propósito comum, gerar soluções e superar desafios e dificuldades coletivamente, estando presente na vida dos seres humanos desde que os primeiros coletivos se formaram, quando os homens se juntavam para se proteger e se desenvolver, devido ao instinto de sobrevivência humano. Graças à evolução dessa prática, a ACP busca até hoje incentivar a mobilização e a participação articulada da classe empresarial pernambucana.
Tiago Carneiro também comentou sobre a recente crise de representatividade que o meio associativo enfrentou no início da pandemia de Covid-19, e disse que esse mesmo contexto pandêmico foi o que fortaleceu as associações a lutarem por suas classes. Ele comparou o associativismo com uma sala de aula, e reiterou o empenho da ACP em dialogar com o governo para estabelecer políticas públicas de enfrentamento à covid que fossem favoráveis a todos.
“Exemplifico como uma sala de aula, em que o professor faz uma pergunta e todas as crianças querem responder ao mesmo tempo, então o professor escolhe um representante de turma para conversar com ele, e o associativismo fez isso. A ACP, junto com o governo do estado e a prefeitura, colaborou para a elaboração dos protocolos e dos avanços das restrições, ou seja, a gente construiu isso, não foi uma coisa imposta para a população, e hoje estamos conseguindo superar esse momento e vendo a retomada da economia”, exemplificou.
Tiago Carneiro explicou que a entidade atua como forte representante da classe comercial, mas não apenas dela, pois o lado comercial vem do fator histórico, quando a associação foi fundada na época em que o comércio era responsável por movimentar a economia. “Hoje a gente engloba não só isso, mas também o setor de serviços, indústrias e também profissionais autônomos e pessoas físicas que podem se associar e se beneficiar com esse fortalecimento da coletividade. Dessa forma a ACP age também como colaboradora de políticas públicas, porque a sociedade só consegue se desenvolver se houver essa visão pública, e não somente pensar no lado individual”, afirmou.
O presidente da ACP também falou sobre a importância histórica do emblemático prédio sede da associação, localizado ao lado da Caixa Cultural, estando em posição de destaque, de frente ao parque das esculturas de Brennand e ao Marco Zero. O prédio, construído em 1915, é popularmente conhecido como camarote da Skol, apesar do termo não representar todo o simbolismo e particularidade que o imóvel carrega, visto que em seu interior de arquitetura secular eclética, está abrigado um enorme patrimônio histórico. Tiago Carneiro afirma que a associação vai muito além do seu prédio, mas que a diretoria tem planos para transformar o palácio do comércio, como também é chamado, em “equipamento cultural para a cidade do Recife”.
“A sede tem uma pinacoteca riquíssima, um acervo com objetos de valor histórico enorme como é o caso da caneta de ouro deixada por D. Pedro II após sua assinatura de presença. A ACP tem muita história, como quando custeou o envio de um navio para o Barão do Amazonas, durante a guerra do Paraguai, que o ajudou a voltar vitorioso, então a associação faz questão de deixar sua homenagem a ele também, através de um retrato do Barão do Amazonas presente no salão nobre da sede”, lembrou o presidente da ACP.
Carlota, que interagiu bastante no decorrer da conversa, também reverenciou a importância histórica do prédio secular que, segundo ela, tem muita coisa preservada da história pernambucana, que é valorosa. A diretora do evento aproveitou a oportunidade do encontro para propor diversos desafios à nova gestão da ACP, entre eles o de iniciar projetos que façam o prédio tão importante servir à comunidade, ao turismo de Pernambuco e agregue ainda mais valor.
O moinho Recife
Em seguida, Victor Tavares de Melo, vice-presidente da ACP e membro do comitê executivo da Revitalis Incorporações, foi convidado para falar sobre as novidades relacionadas ao Moinho Recife Business & Life, um projeto retrofit, fruto da parceria entre a Revitalis e a construtora Moura Dubeux, que está transformando o secular moinho de trigo, que fica próximo ao Porto do Recife, em uma ampla área empresarial e residencial, e que busca integrar a população recifense à obra ao permitir livre locomoção pela praça térrea do local, que oferecerá diversas opções para as pessoas que passarem por lá.
O empresário falou que o grande potencial do moinho foi observado desde a concepção do empreendimento, e que é um trabalho que vem sendo desenvolvido há mais de 5 anos no imóvel centenário, que, segundo ele, “tem de tudo para ser um grande protagonista na mudança do bairro do Recife, de uma vez por todas”. Victor Tavares citou, na abertura da sua fala, o manifesto construído para representar a obra:
“E você, para o que nasceu? Para ser ilha ou para ser ponte? A gente escolheu ser ponte, não apenas para encurtar distâncias, mas para garantir o acesso a mais pessoas, para dar mais vida à própria ilha, conectando pessoas não apenas a mais lugares e suas histórias, mas também ao desejo de ser protagonista do futuro desta cidade”, reproduziu.
O empreendimento fica localizado na rua São Jorge, prorrogação da rua Bom Jesus, que leva até a Igreja do Pilar. A história da construção do antigo moinho foi movida por muitas dificuldades, começando com a primeira guerra mundial e sendo finalizada somente após a pandemia de gripe espanhola. Após a requalificação, o empreendimento buscará servir como destino turístico e de lazer para a população, através da praça térrea. A rua de São Jorge, que será completamente revitalizada, unirá as duas quadras e garantirá a livre circulação de qualquer pessoa. “Por ser uma obra pensada para ser permeável, trará mais acessibilidade para as pessoas”, afirmou o empresário.
“Quando foi adquirido em 2016, o moinho estava desativado há 10 anos. E ali foi visto potencial para desenvolver projetos diferentes, sendo o projeto atual um retrofit, que consiste em reaproveitar e reutilizar toda a parte da estrutura do imóvel. Destaco o fato de que existem poucos projetos no mundo com essa tipologia. Conseguimos trazer para o projeto dois importantes nomes da arquitetura, que são Bruno Ferraz e Roberto Montezuma, bem conhecidos nesse setor com seus projetos brilhantes, e nos preparamos para utilizar os silos e o equipamento fabril como decoração, a fim de criar um espaço de memória que é parte da história recifense”, observou Victor Tavares.
O Moinho foi descrito como um complexo multiuso, que está sendo preparado para ser um lugar de negócios e vida. As grandes facilidades que o empreendimento visa trazer estão relacionadas aos espaços empresariais acoplados com o setor residencial, além da presença de um edifício garagem, um rooftop e um mall térreo, organizados em um modelo inovador, para dar suporte ao contingente de pessoas que irão transitar pelo prédio. “Dessa forma, as pessoas não precisarão sair do prédio para realizar muitas das suas tarefas, o que gera múltiplas oportunidades e garante o conforto”, explicou. A obra de grande porte ocupará dois quarteirões, tendo mais de 55 mil metros quadrados de área construída, em que apenas a área corporativa foi descrita como sendo de tamanho equivalente ao shopping Plaza Casa Forte.
Carlota Guerra expressou sua opinião sobre o empreendimento, destacando, mais uma vez, o talento pernambucano para a realização de grandes e inovadoras obras. “o projeto para os silos é uma coisa incrível, realmente uma obra maravilhosa, que eu acho que só Pernambuco tem, e isso é algo que precisa ser falado e mostrado, porque quem está realizando essa obra incrível somos nós, pernambucanos, para mostrar esse talento ao mundo”, parabenizou a jornalista.
Segundo Victor Tavares, a obra está perto de ser concluída, faltando menos de um ano para ser entregue, com inauguração da primeira fase empresarial, que corresponde a cerca de 80% do empreendimento, marcada para agosto de 2022, enquanto que a segunda fase, focada na parte residencial, ainda não tem data de lançamento.
O impacto na comunidade
Quando questionado sobre a forma como o empreendimento será integrado com a comunidade do Pilar, para evitar exclusão dos seus habitantes e gerar sensação de pertencimento em todos os recifenses, Victor Tavares afirmou que existe um diferencial diante da forma como a comunidade é tratada na visão do empreendimento, e que desde 2016 reuniões vêm sendo feitas com as lideranças da comunidade.
“Os moradores da comunidade do Pilar registraram como principal preocupação a continuidade deles no local. Desde o início das obras, estão são realizadas ações sociais no lugar, o que ainda é um paliativo feito a curto prazo, sem dúvidas, enquanto que os planos pós-entrega do empreendimento são de qualificar pessoas dentro da comunidade para que sejam integradas na gestão, ou sejam alocadas em empresas do Porto Digital”, defendeu.
Ele seguiu dizendo que o projeto recebeu aprovação da prefeitura do Recife como sendo um projeto de impacto, e que também estão empregando mão de obra da comunidade do Pilar no projeto, que atualmente conta com o emprego de 10 trabalhadores da localidade. “O moinho já partiu da sua concepção, passando pela sua fase de projeto até a fase de obra, sempre com o discurso muito alinhado de agregar ao bairro, para não ser algo isolado. A comunidade está consolidada, faz parte do local e não sairá de lá, então nós temos essa consciência e cuidado com eles”, afirmou.
Sobre a responsabilidade de revitalizar um patrimônio do Recife, diante da possibilidade de aumento no processo de gentrificação da cidade, Victor Tavares argumentou que não acredita que haverá uma descaracterização do Recife por causa dos projetos atuais, e que todo planejamento é feito com muita cautela e responsabilidade, sempre contando com o diálogo democrático com a sociedade civil e os órgãos responsáveis pela aprovação dos projetos de impacto na cidade.
“Para quem empreende no bairro, o patrimônio histórico e cultural do Recife é de grande orgulho, porque ele é o berço que deu origem à nossa cidade como um todo. Assim, toda intervenção feita no bairro deve ser feita com muito cuidado, porque nós temos muitos lugares e estruturas que são tombados, então é importantíssimo empreender com responsabilidade, essa é uma bandeira que a gente sempre busca levar em consideração, porque existe a necessidade de respeitar o tempo da cidade. Essa parte de revitalização é um movimento que vem surgindo com força nos grandes e antigos centros, e tem despertado muita atenção de todo mundo, logo os planejamentos feitos para esses centros devem levar em conta a necessidade de agregar valor e trazer uma sinergia para a cidade como um todo, para conectar a população aos espaços que vão sendo modificados com o tempo. No planejamento é preciso dialogar com as lideranças locais para respeitar aquelas histórias e as pessoas que vivem ali, sem perder a vanguarda do desenvolvimento”, afirmou.
Victor Tavares relembrou que o bairro do Recife já foi um grande centro empresarial, que perdeu espaço ao longo do tempo para outros bairros que possuíam mais residências, e que, por tal motivo, receberam novos empreendimentos. Ele disse que a questão residencial sempre foi o maior gargalo do bairro, que nunca pôde receber muitos processos de mudanças nesse segmento, por conta do tombamento de diversos imóveis, o que torna uma intervenção mais difícil, pois existe a questão da preservação do patrimônio histórico do Recife.
Ele continuou dizendo que considera as iniciativas de requalificação de imóveis como sendo estruturantes, e de extrema importância para o desenvolvimento da cidade, e que as aprovações que ocorrem dentro do bairro do Recife são muito criteriosas, justamente por existir essa importância histórica que precisa ser preservada, o que torna as aprovações embasadas e responsáveis.
“É preciso lembrar que muitos imóveis, mesmo tombados, ainda possuem o potencial de se tornarem ainda mais incríveis, o maior exemplo disso é o próprio Porto Digital, com a lei de incentivo do bairro, para incentivar empresas de tecnologia, mas também inclui a lei de incentivo de requalificação de imóveis, então se tem diversos sobrados que se transformam em coisas maravilhosas, são imóveis tombados antiquíssimos, que hoje abrigam empresas de tecnología, então há esse processo de retrofit, de ressignificação para dar um novo uso a algo que estava em situação de vulnerabilidade, sem uma destinação certa”, explicou.
O membro do comitê executivo da Revitalis ainda acrescentou que no projeto do moinho, o departamento de patrimônio deu a liberdade à equipe do projeto para ousar um pouco mais na obra, desde que fossem respeitadas as questões regulatórias como volumetria, altura máxima de empreendimento, e o cuidado de preservar as características originais do imóvel. “Tudo é previamente dialogado com todos os órgãos competentes para a aprovação dos projetos de acordo com a legislação vigente, seja o plano diretor ou qualquer outra coisa de legislação específica aplicada”, concluiu
Ponte entre passado e futuro
A diretora do evento, Carlota Guerra, opinou sobre como pode ser feita a transição do passado pernambucano ao futuro inovador, sem que haja perdas das raízes e do patrimônio histórico estadual. A jornalista aposta na revitalização consciente como meio de progresso, e lança um apelo aos participantes do debate, para que a sede da ACP possa se tornar ponto de partida para as futuras obras de inovação no Recife.
“Vamos revitalizar, atualizar, preservar o que precisa ser preservado na nossa história, e caminhar juntos ao futuro, com o propósito de mover, a partir do prédio da ACP, o bairro do Recife, tomar para o povo pernambucano essa revitalização e mostrá-la ao mundo, como forma de demonstrar o orgulho que a gente tem, mas fazendo isso de maneira bem feita, com uma transição tranquila e plausível”, declarou.
O presidente da ACP, Tiago Carneiro, aprovou o desafio, ressaltando que a nova diretoria, apesar de relativamente jovem, é composta por muita gente capacitada e com ótima visão de futuro e de coletividade, e que a gestão atual está pronta para defender os objetivos da associação. Ele lembrou também que contatos com os órgãos públicos já estão em andamento, para que a entidade seja possibilitada de ter uma mostra semelhante à RioMar Casa, mas não só no prédio da ACP, e sim no bairro do Recife, como um todo, tendo em vista o momento de ressignificação que o bairro vem passando, decorrente do próprio associativismo.
Carlota viu no evento a oportunidade de expressar seu incômodo em relação a limitação de alcance imposta pelo foco na internalização das atividades culturais. “Devemos fazer as coisas para mostrar nosso potencial ao mundo. Me incomoda muito a limitação da cultura para nós próprios. Eu acho que a cultura deve ser universal. Fazer moda, artesanato, por exemplo, só para Pernambuco consumir, isso não tem que ser assim, a gente tem que se lançar para o mundo, vamos fazer isso juntos”, expressou.
A idealizadora do debate apelou para que a mudança seja feita a partir de agora, e argumentou que a Mostra RioMar Casa, é muito mais do que uma exposição de de decoração, arquitetura e design, porque todos esses segmentos são elementos do lifestyle, presente em toda e qualquer casa.
“Apelo para plantarmos uma nova semente, para fazer um novo marco no Recife, a partir de agora, tendo respeito e orgulho do rico patrimônio que ficou, mas começando a pensar no que queremos ver na cidade nos próximos quinhentos anos. O lifestyle é o jeito de viver, e nosso objetivo é mostrar ao mundo o jeito pernambucano de viver, de uma maneira produtiva e comprometida com o faturamento, pois a gente tem patrimônio e talentos para isso”, afirmou.
Para encerrar sua participação, a diretora do evento declarou que a criação de um comitê para transformar o Recife na "ilha do mundo", citando Manhattan como exemplo, está em andamento, e que reuniões estão marcadas para a próxima semana para discutir as possibilidades de requalificar o bairro do Recife a partir da sede da ACP, com o objetivo de restabelecer a autoestima do pernambucano. “É preciso que a mudança seja precisa planejada e comercial, pois não existe nada sem investimentos”, concluiu Carlota Guerra.
O presidente da ACP, Tiago Carneiro, também finalizou o debate dizendo que a entidade, apesar de defender os os interesses da iniciativa privada e dos seus associados, não olha apenas para o lado das empresas, mas também para o lado dos movimentos da sociedade, pois quanto mais organizada estiver a sociedade civil, mais desenvolvimento social é refletido.
“Destaco que a coletividade conseguiu mostrar para os gestores do poder público que o bairro do Recife necessitava de uma atenção maior, e foi graças a essa ação conjunta de diversas entidades, não só da ACP, que nós conseguimos para o Recife um investimento do poder público na ordem de 250 milhões para esse projeto de ressignificação, ocupação e uso devido do bairro, para que o mesmo possa voltar a ser um ambiente de negócios e de convívio onde as pessoas possam sentir um conforto adequado e segurança durante a utilização dos espaços da cidade “, finalizou o presidente da Associação Comercial de Pernambuco.
A entidade atua como forte representante da classe comercial, mas não apenas dela, pois o lado comercial vem do fator histórico, quando a associação começou na época em que o comércio era o que movimentava a economia, mas hoje a gente engloba não só isso, mas também o setor de serviços, indústrias e também profissionais autônomos e pessoas físicas que podem se associar e se beneficiar com esse fortalecimento da coletividade. Dessa forma a ACP age também como colaboradora de políticas públicas, porque a sociedade só consegue se desenvolver se houver essa visão pública, e não somente pensar no lado individual.
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