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COMÉRCIO INTERNACIONAL

Presidente da Câmara de Comércio da China chega no Recife para novo contrato

Publicado em: 29/08/2021 15:30

 (Foto: Câmara de Comércio Internacional Brasil-China)
Foto: Câmara de Comércio Internacional Brasil-China
O presidente da Câmara de Comércio de Desenvolvimento Internacional Brasil China (CCDIBC), Fábio Hu, e o diretor de Relações Institucionais, Ulisses Vega, chegam no Recife neste domingo (29), local sede da R2MD Consultoria Empresarial, para se reunir com produtores de frutas do Nordeste e tratar sobre possíveis contratos de exportação.

A R2MD Consultoria Empresarial é uma empresa de consultoria que atua na indústria, comércio, funding, fundos de investimento, infraestrutura, agrícola e commodities, com especialização em exportação. De acordo com a empresa, a atuação no Estado é em busca de produtores de frutas interessados em exportação para o mercado chinês. O foco são os produtores de melão, já que foi o único produto do mercado brasileiro que conseguiu chegar do outro lado do mundo após acordo de bilateralidade assinado em 2019, em reunião da cúpula dos Brics. No entanto, a tentativa é abrir o mercado da China com o Brasil para uva e manga.

A primeira negociação de venda de frutas do Brasil para a China feita em setembro de 2020 com a estimativa de exportação de U$ 24.500.000 mensal. A China deve receber até outubro de 2021, em decorrência do contrato já feito, 1 mil containers de melão brasileiro. O contrato foi fechado com previsão inicial para durar cinco anos, podendo ser estendido. Este contrato foi feito por intermédio da R2MD, que tem parceria com a Câmara de Comércio de Desenvolvimento Internacional Brasil-China (CCDIBC), a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) e a Pac Log Logística Aeroportuária – Terminal Recife, além de autoridades e órgãos fitossanitários chineses.

Tendo o Brasil como terceiro maior produtor de frutas do mundo, mas ocupando o 24º lugar quando se trata de exportação, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, o País tenta ampliar a exportação de frutas tropicais para a China.

A Organização Mundial do Comércio (OMC) divulgou que o setor está se do baque em decorrência da pandemia da Covid-19, mas o "barômetro de comércio de bens" atingiu o nível recorde de 110,4. O índice é divulgado desde julho de 2016 e está mais de 20 pontos acima do nível do ano passado.

O presidente da Câmara de Comércio, Fábio Hu, e o diretor de Relações Institucionais, Ulisses Veiga, embarcam, na terça-feira (31), para Mossoró, no Rio Grande do Norte, local de produção da Agropecuária Vita+, empresa produtora da matéria exportada. Eles vão conhecer uma fazenda-modelo e traçar estratégias para o embarque de um novo contrato comercial entre Brasil e China. O atraso nos portos da China passam dos 50 dias por conta da interrupção do tráfego no Canal de Suez, no Egito, que é uma rota fundamental entre os continentes europeu e asiático.

De acordo com a R2MD, a China consome o equivalente a metade da produção mundial de melão, o que significou, só em 2017, cerca de 17 milhões de toneladas do produto. "Tem muito espaço a ser conquistado, principalmente na entressafra, com o inverno chinês se aproximando. O País não consegue produzir por causa das temperaturas muito baixas, aumentando assim a procura pela exportação, mas para isso, os produtores interessados precisam respeitar os protocolos exigidos, a qualidade da produção, inclusive dentro das normas contra pragas da cultura, a exemplo da conhecida como mosca-das-frutas”, afirmou o sócio-diretor da R2MD, Rafael Martins. 

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