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Trabalhador nordestino é o mais afetado pela segunda onda da Covid-19

Publicado em: 16/06/2021 15:08

Estudo revelou queda de 7,05% na renda efetiva na região, média brasileira ficou em 2,2% (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Estudo revelou queda de 7,05% na renda efetiva na região, média brasileira ficou em 2,2% (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Analisando os impactos da pandemia da Covid-19 sobre o mercado de trabalho brasileiro, um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quarta-feira (16), apontou que o trabalhador nordestino foi quem sofreu a maior redução na renda efetiva durante a segunda onda da doença. Na região, a queda ficou em 7,05% durante o primeiro trimestre de 2021. O número é superior à média nacional para o mesmo período, que caiu 2,2%.

A pesquisa, que é realizada por meio da análise dos dados da PNAD Contínua, indicou que a grande diminuição da população ocupada teve um impacto negativo considerável na massa salarial real habitual. No primeiro trimestre deste ano, o Brasil acumulou uma queda da massa de rendimentos habituais, que representa a média do valor recebido pelo trabalhador, de 6,7%. Já a retração da renda efetiva, que representa o valor recebido pelo trabalho, ficou em 9,5%. 

Levando em consideração o recorte regional dos rendimentos, a região Nordeste se destacou negativamente como a mais afetada pela segunda onda da pandemia, com queda de 7,05% da renda efetiva. A região Norte ficou em segundo lugar, com retração de 3,85%. Seguida pela região Sudeste e Sul, que registraram diminuição de 1,46% e 0,97%, respectivamente. Já o Centro-Oeste teve o menor impacto na renda, com queda de 0,84%. 

A faixa etária mais afetada foram os jovens adultos, com idades entre 25 e 39 anos. Para eles, a queda nos rendimentos foi de 7,73%. Na direção contrária, os trabalhadores com 60 anos ou mais conseguiram um crescimento de 7,06% no índice. 

FALTA DE RENDA

A proporção de domicílios sem nenhuma renda do trabalho também foi afetada pela pandemia, passando de 25% no primeiro trimestre do ano passado para 29,3% no mesmo período de 2021. De acordo com o IPEA, a diferença reforça a avaliação de que a recuperação do nível de ocupação entre as famílias de renda mais baixa a patamares anteriores à pandemia está ocorrendo lentamente. A pesquisa também revelou um na proporção de domicílios na faixa de renda mais baixa, que recebem até R$ 1015,3 per capita e uma diminuição da proporção nas demais faixas.

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