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Produção industrial em Pernambuco registra alta durante o mês de março

Publicado em: 04/05/2021 16:06 | Atualizado em: 04/05/2021 16:10

Aumento da produção está relacionado à necessidade dos ajustes dos estoques (José Paulo Lacerda/CNI)
Aumento da produção está relacionado à necessidade dos ajustes dos estoques (José Paulo Lacerda/CNI)
Durante o mês de março, o volume de produção nas indústrias pernambucanas registrou um crescimento de 3,9 pontos. De acordo com a pesquisa de Sondagem Industrial realizada pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), apesar da alta em comparação com fevereiro, o índice permaneceu abaixo da linha divisória dos 50 pontos, marcando 48 pontos. No Brasil, o resultado foi de 50,5 pontos, mantendo o país no cenário otimista. 

Em comparação com o mês de março de 2020, período em que Pernambuco aplicou as primeiras medidas restritivas de combate à Covid-19, o aumento foi de 12 pontos. “A indústria está produzindo mais, os números dizem isso, mas, como a conjuntura atual é de incerteza, o tanto que produziu ainda não é capaz de reverter o cenário para uma situação de otimismo total”, avaliou o economista da FIEPE, Cézar Andrade.

Para o especialista, o aumento da produção está relacionado à necessidade dos ajustes dos estoques. De acordo com o levantamento realizado pela FIEPE, os estoques dos produtos apresentaram recuo de 1,4 em março, chegando aos 48,5 pontos. “Com os estoques em baixa, naturalmente, haverá uma demanda por mais produção”, comentou. 

O cenário negativo para o setor também é marcado pela queda no número de empregos. Em comparação com fevereiro, o recuo foi 22,6%, atingindo 45,6 pontos.  Andrade ressalta que esse é um importante termômetro para a atividade, pois, apesar do crescimento do volume de produção, ainda não é possível observar o reflexo dessa recuperação no cenário de contratação. De acordo com a pesquisa do Caged, realizada pelo IBGE, Pernambuco apresentou uma diminuição de 0,22% no saldo de geração de empregos durante o mês de março.   

A pesquisa realizada pela FIEPE apontou que os principais problemas enfrentados pela indústria pernambucana durante o primeiro trimestre são a falta ou alto custo da matéria-prima (52,73%) e a elevada carga tributária (34,55%). A demanda interna insuficiente ocupou o terceiro lugar, aparecendo em 25,45% das queixas. A margem do lucro operacional, a satisfação financeira e o acesso a crédito também apresentaram queda nos indicadores durante o trimestre, pontuando 43,9 pontos, 50,4 pontos e 39,9 pontos, respectivamente.
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