Economia

/Reprodução/Pixabay
Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) publicados nesta quinta-feira (1) pela agência Reuters, a participação do dólar norte-americano nas reservas cambiais caiu de 60,5% no terceiro trimestre de 2020 para 59% no quarto trimestre, registrando a terceira queda consecutiva. É o menor nível em 25 anos destes ativos de bancos centrais mantidos em diferentes moedas usadas, sobretudo para apoiar seus passivos ajudar a apoiar suas respectivas moedas.
Mesmo assim, o dólar ainda detém a maior parcela das reservas monetárias dos bancos centrais globais. Os analistas apontaram que as reservas em dólares norte-americanos atingiram o pico de US$ 7 trilhões (aproximadamente R$ 40 trilhões) no quarto trimestre, ante US$ 6,939 trilhões (R$ 39,33 trilhões) no terceiro.
Entretanto, para Marc Chandler, estrategista-chefe de mercado da Bannockburn Global, a queda na participação do dólar nas reservas globais é temporária. "Os 59% de participação são um ruído estatístico gerado por uma combinação de avaliação e mudanças materiais na demanda pelo euro no quarto trimestre. Além disso, a recuperação do dólar no primeiro trimestre de 2021 reverterá o ajuste de avaliação e ocorrerá um aumento da participação em dólares nas reservas", garantiu Chandler.
Em contrapartida, as reservas mantidas em euros atingiram US$ 2,52 trilhões (R$ 16,79 trilhões), ou seja, a participação do euro aumentou em 21,2% no quarto trimestre. Ressaltando que a participação da moeda da União Européia no quarto trimestre foi a mais alta desde 2014. Já a participação do yuan aumentou 2,25% no quarto trimestre do ano passado, conquistando mais espaço pelo quarto trimestre consecutivo, com a participação da moeda chinesa nas reservas globais alcançando 9%, indo para US$ 267 bilhões (R$ 1,5 trilhão).
O FMI começou a monitorar a participação da moeda chinesa em 2017. "Acreditamos que eventualmente estaremos caminhando para uma estrutura de moeda de reserva múltipla ao longo do tempo", comentou Bipan Rai, estrategista do Banco Imperial Canadense de Comércio à agência Bloomberg.
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