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CRIPTOMOEDA

Bitcoin chega a R$ 100 mil e bate recorde no Brasil

Publicado em: 01/12/2020 17:02 | Atualizado em: 01/12/2020 17:11

 (Foto: Karen Bleier/AFP)
Foto: Karen Bleier/AFP
Em alta desde meados de setembro, o bitcoin atingiu preço recorde no Brasil, chegando aos R$ 100 mil, a unidade. Em 2020, já há uma valorização de mais de 250%. Ganhos dessa magnitude acabam por atrair investidores. Porém, antes, é preciso entender todas as particularidades da moeda e do momento.

"Há mudanças na alta atual”, explica Thiago Cardoso, analista chefe CNPI da Múltiplos Investimentos. “Em 2017, ela foi liderada por muitos investidores inexperientes que estavam tendo o seu primeiro contato com criptomoedas. Naquela época, qualquer criptomoeda, mesmo que não tivessem propósitos claros para a sua criação, tiveram valorizações expressivas. Agora, notamos muito mais a presença de investidores institucionais, mais experientes, que têm procurado no Bitcoin uma proteção contra as políticas de impressão de moeda promovida por Bancos Centrais.”

O bitcoin é descentralizado, ou seja, não existe uma empresa ou uma entidade por trás. Possui código aberto, o que significa que qualquer pessoa pode auditá-lo e até mesmo contribuir com a rede. É também chamado de "ouro digital". A explicação é que, pelo fato de o ouro ser minerado, e não criado, faz com que seja um ativo escasso e, por isso, sirva como uma proteção do poder de compra. São 21 milhões de unidades de bitcoin e não há nada que o ser humano possa fazer para criar uma a mais.

“Bitcoin é para longo prazo. Você não pode manter capital que você precisará nos próximos meses nessa modalidade de investimento. A tendência também, com investidores mais experiente, é a redução na volatilidade. Vale lembrar que a única forma segura de possuir seus Bitcoin é ter uma carteira na blockchain e ser o guardião de suas próprias chaves privadas. Não é possível confiar seus Bitcoins a uma empresa nem mesmo a uma corretora”, alerta Thiago. 

Se a criptomoeda for um ativo atrativo ao investidor, há um passo indispensável para lidar com a moeda: bastante conhecimento. “O Bitcoin é adequado para todos os investidores de longo prazo e que desejam proteger o seu capital contra a inflação, mas o primeiro passo é estudar. Somente estudando e compreendendo os fundamentos por trás do Bitcoin, o investidor será capaz de confiar no ativo e desenvolver a mentalidade de longo prazo necessária”, afirma Cardoso. 
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