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COMÉRCIO

Presidente da Ibrachina aposta no aumento da importação de frango à China

Publicado em: 18/08/2020 14:05

 (Foto: divulgação)
Foto: divulgação
Para o presidente do Instituto Sociocultural Brasil-China (Ibrachina), Thomas Law, ao contrário dos recentes indicadores, a estimativa real é que o Brasil deverá aumentar às exportações de frango para a potência asiática. Apesar das últimas notícias levantarem alarmes de que o maior importador do frango brasileiro diminua a importação, Law declarou que a previsão é de que o consumo de frango na China aumente 9% ao ano e que as importações de carne de frango pela China devem ainda crescer 32%, segundo as previsões do governo brasileiro. “Mesmo com o aumento da produção local chinesa, ainda temos muito espaço para crescer. Todo país adéqua a sua produção à demanda do mercado. E a gente sabe que o mercado chinês é gigantesco. O mercado chinês consome muita carne de porco, e agora há um aumento na demanda de frango. Portanto, é natural que o mercado busque atender com a produção interna, ou importação, como acontece em qualquer outro país”, apontou Thomas Law.
 
Segundo Law, que também é o responsável pela Coordenação Nacional das Relações Brasil e China na Ordem dos Advogados do Brasil e consultor da Frente Parlamentar do BRICS junto ao Congresso Nacional, embora haja um elevado crescimento da capacidade produtiva chinesa isso não deve afetar os produtores brasileiros de carne de modo imediato, que podem até aumentar as suas exportações. "Não será um abalo imediato, mas precisamos nos preparar. O Brasil tem margem para aumentar suas exportações de carne de frango para a China. O setor avícola chinês, apesar dos subsídios e do crescimento rápido, ainda tem limitações de estoque genético", garantiu o especialista.

Em relação, aos supostos casos de contaminação com a Covid-19 da carne brasileira com Covid19, Law acrescentou que não houve até o momento nenhuma medida por parte do governo chinês de restringir o mercado. Além disso, 17% das exportações brasileiras de frango são destinadas a China, atendendo 70% da demanda de importação chinesa do produto. O presidente da Ibrachina acredita que apesar de tal iniciativa ser possível, um eventual embargo à produção brasileira de Pequim parece pouco provável. “A relação comercial entre as duas nações é pragmática. Também temos pessoas preparadas para conduzir as negociações de um ponto de vista prático como, por exemplo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que tem um bom relacionamento com a China”, enfatizou.
De acordo com o governo da China, sua produção interna de frango registrou um aumento de 12,3% em 2019. Já em 2020, Pequim almeja expandir a produção em mais 7,2%, alcançando uma marca de 24 milhões de toneladas por ano.
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