Refutação
'Se eu 'googlar' dinheiro na cueca vai aparecer muita coisa', diz Guedes em bate-boca na comissão
Por: Estado de Minas
Publicado em: 08/05/2019 21:11 | Atualizado em: 08/05/2019 21:19
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados) |
Na sequência, ele emendou dizendo que sabe que quando anoitece o clima na comissão passa a ser %u201Cpessoal%u201D. %u201CDepois das seis horas a baixaria começa, eu já entendi o funcionamento da Casa%u201D.
A fala de Guedes foi seguida de gritos e troca de acusações e precisou da intervenção do presidente da Comissão, deputado Marcelo Ramos (PR-AM). %u201CIsso aqui tem um comando e a presidência vai tomar o comando dos trabalhos%u201D, disse.
Na sequência, o presidente da comissão voltou a pedir a Paulo Guedes que se atente as respostas relacionadas à reforma da Previdência e que os parlamentares também não tratem de outros assuntos. %u201CSe eu for exigir desculpas dele, vou ter que exigir desculpas de quem levantou cartaz%u201D, disse.
Ao longo da tarde, integrantes da bancada do PSOL levantaram um cheque gigante em que insinuaram que Guedes , com a reforma, dá um cheque em branco aos bancos.
Mais cedo, no primeiro momento de tensão durante a audiência pública sobre a reforma da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, provocou a oposição ao dizer que, ao aprovar a proposta, o Brasil irá para um caminho de prosperidade, e, não, para a mesma rota trilhada pela Venezuela.
"Quem fica 16 anos no poder não tem o direito de virar agora, com quatro ou cinco meses, e dizer que há milhões e desempregados, falta de crescimento", rebateu o ministro. Ele citou ainda os rombos na Petrobras, nos Correios e nos fundos de pensão dessas estatais. "Quebraram mesmo muita coisa", exclamou.
A resposta veio acompanhada da indireta aos parlamentares cujos partidos apoiam o regime atual da Venezuela.
Opositores reagiram e um burburinho se formou no plenário da comissão. Guedes tentou então dizer que não estava falando do ponto de vista político, mas, sim, econômico. O ministro chegou a elevar a voz, e sob o risco de um bate-boca maior, o presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), interveio.
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