Contas em atraso

Total de famílias inadimplentes aumenta em março

O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 64,4 dias em março de 2018, contra 64,8 dias no mesmo período do ano passado

Por: AE

Publicado em: 04/04/2018 15:11

O País registrou um aumento de 0,3 ponto porcentual na inadimplência em março, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 4, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). 

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) mostrou que o porcentual de famílias com dívidas ou contas em atraso cresceu de 24,9% em fevereiro para 25,2% no último mês. Na comparação com o ano anterior, a alta também foi de 0,3 ponto porcentual. 

O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 64,4 dias em março de 2018, contra 64,8 dias no mesmo período do ano passado.

A fatia de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso, ou seja, que permaneceriam inadimplentes, subiu de 9,7% em fevereiro para 10,0% em março. Em março de 2017, porém, essa proporção era mais elevada, em 10 4%. 

"O efeito sazonal do comprometimento de renda com gastos extras de início de ano influencia nesse resultado", ponderou Marianne Hanson, economista da CNC, em nota oficial. 

A proporção de famílias endividadas, no entanto, ficou estável em 61,2%, mesmo resultado de fevereiro. Na comparação com março de 2017, o indicador subiu 0,4 ponto porcentual. 

O total de famílias que se declararam muito endividadas aumentou de 13,6% em fevereiro para 14,1% em março. Na comparação com um ano antes, houve queda de 0,6 ponto porcentual. 

"A queda das taxas de juros e a recuperação da renda do trabalho têm favorecido uma recuperação gradual em algumas modalidades de crédito, o que impacta diretamente o endividamento", completou Hanson. 

Entre os endividados, 20,0% afirmam ter mais da metade da renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas. O cartão de crédito manteve a liderança como a principal forma de dívida, citado por 76,4% das famílias endividadas. Em seguida figuraram os carnês (16,6%) e o crédito pessoal (10,4%).
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