Dados

Indicador antecedente de emprego avança 1,9 ponto em fevereiro

Índice sinaliza possível cenário de aceleração no ritmo de recuperação do mercado de trabalho nos próximos meses

Por: AE

Publicado em: 08/03/2018 09:34

Apesar da expectativa de geração de empregos formais em 2018, a taxa de desemprego permanece em nível elevado. Foto: Camila Domingues/ Palácio Piratini/Fotos Públicas

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 1,9 ponto em fevereiro ante janeiro, para 109,6 pontos, informou nesta quinta-feira (8), a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador alcança o maior nível da série histórica, sinalizando um possível cenário de aceleração no ritmo de recuperação do mercado de trabalho nos próximos meses, segundo a FGV.

"O otimismo com o maior crescimento da economia ao longo deste ano e a perspectiva de uma maior contratação ao longo de 2018 explicam o elevado nível do Indicador Antecedente de Emprego", avaliou o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 0,4 ponto em fevereiro ante janeiro, para 97,1 pontos. "Apesar da perspectiva de melhora futura, da criação de vagas e da expectativa de forte geração de empregos formais em 2018, a taxa de desemprego permanece em nível elevado. O ICD reflete a elevada taxa de desemprego do País. Apesar da geração de vagas, a expectativa é que a taxa de desemprego permaneça em níveis elevados", completou Barbosa Filho.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. Já o IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

No IAEmp, seis dos sete componentes registraram avanços em fevereiro, com destaque para os que medem a situação dos negócios atual no setor de Serviços (+4,9 pontos) e da Indústria de Transformação ( 4,4 pontos). No ICD, a alta foi influenciada pelos consumidores com renda familiar mensal entre R$ 2.100 e R$ 4.800 ( 3,1 pontos).
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