PRIVATIZAÇÃO Audiência pública na Alepe debate a questão dos bancos públicos A audiência teve como encaminhamento a criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos, proposta pela deputada Teresa Leitão (PT).

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 18/09/2017 13:12 Atualizado em: 18/09/2017 13:20

Depois da assinatura do requerimento pela deputada Teresa Leitão para a criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos, o próximo passo é dar entrada no processo para que ele seja aprovado pelo Plenário. Foto: Marlon Diego/Esp.DP
Depois da assinatura do requerimento pela deputada Teresa Leitão para a criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos, o próximo passo é dar entrada no processo para que ele seja aprovado pelo Plenário. Foto: Marlon Diego/Esp.DP
Na manhã desta segunda-feira (18), a defesa dos bancos públicos foi pauta em uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Além de um debate sobre a situação dos bancos públicos do Brasil e das consequências da possível privatização deles, a audiência teve como encaminhamento a criação de uma Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos, proposta da deputada estadual Teresa Leitão (PT). O objetivo dela é ampliar o debate com a sociedade e lutar contra a privatização. A ideia de criação da frente surgiu como uma representação estadual da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos, criada em Brasília no último dia 13 de junho.

A frente também vai funcionar como uma forma de apoio à campanha que tem como slogan “Se é público é para todos”, divulgada pelo Sindicato dos Bancários.  “A política de privatização no país está sendo constante e há uma ameaça de que chegue ao setor bancário. Mas a gente sabe que o banco público não é apenas integrante do sistema financeiro”, explica Teresa Leitão. A preocupação com a situação dos bancos se dá justamente por eles também exercerem funções sociais de atendimento à população e impulsionamento de políticas públicas. No caso de a Caixa Econômica Federal ser privatizada, por exemplo, é possível que o acesso à casa própria fique mais díficil. “Já com o Banco do Nordeste recuaríamos em relação ao acesso a crédito dos pequenos e médio empresários, que ficaria mais caro”, diz Teresa.

De acordo com Suzineide Rodrigues, presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, as consequências para os trabalhadores com a possível privatização dos bancos públicos seriam a saída do emprego e consequente substituição por mão de obra terceirizada, além da perda de benefícios sociais como o programa Minha Casa Minha Vida, por exemplo. “Essa audiência é muito importante para que a gente envolva os deputados das mais diversas configurações partidárias”, comenta.  Além disso, para Lucas Ramos, deputado estadual (PSB) e presidente da comissão de administração pública da Alepe, é importante entender qual a proposta do Governo Federal  a respeito da garantia dos direitos dos servidores, em caso de privatização dos bancos.

Para Sandra Trajano, secretária geral do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, também é importante o incentivo a mais ações nas ruas e comunicação com a população. “Também podemos apurar e dar a eles os dados, tudo o que for necessário para que essa frente cresça”, explica Sandra. Depois da assinatura do requerimento pela deputada Teresa Leitão para a criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos, o próximo passo é dar entrada no processo para que ele seja aprovado pelo Plenário, o que deve demorar cerca de uma semana. No mínimo mais quatro deputados precisam participar da frente. Ainda não se sabe o nome dos parlamentares, que devem ser indicados pelos partidos.


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