Transação Petrobras negocias venda de empresas em Suape PetroquímicaSuape e Citepe serão negociadas com mexicana Alpek, líder na produção de poliéster

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 29/07/2016 08:30 Atualizado em:

A Petrobras aprovou ontem a condução de negociações exclusivas com a empresa mexicana Alpek, por 60 dias, podendo ser estendido por mais 30 dias, para a venda de sua participação na Companhia Petroquímica de Pernambuco (PetroquímicaSuape) e na Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe). A Alpek é uma empresa mexicana, de capital aberto, que atua no setor petroquímico e ocupa uma posição de liderança na produção de poliéster (PTA, PET e filamentos) no mundo. A Petrobras detém 100% das duas empresas e, na prática, as “conversas” trabalham para alinhar o preço do repasse.

Em 2015, a PetroquímicaSuape deu prejuízo de R$ 808 milhões e a Citepe, de R$ 818 milhões e ambas se tornaram projetos que entraram no circuito de itens com possibilidade de venda, para recuperar as perdas da Petrobras, que amargou o maior prejuízo da sua história, quando fechou o ano passado com um rombo de quase R$ 35 bilhões.

Em comunicação oficial, a Petrobras informou que a transação ainda está sujeita à negociação de seus termos e condições finais e à deliberação pelos órgãos competentes da Petrobras e da Alpek, bem como à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “O projeto de alienação da PetroquímicaSuape e da Citepe, conduzido através de processo competitivo, faz parte do Plano de Desinvestimentos 2015-2016 da Petrobras. Fatos julgados relevantes sobre o tema serão tempestivamente divulgados ao mercado”, diz a nota.

As duas unidades em Pernambuco foram desenvolvidas durante a gestão do delator da Operação Lava-Jato Paulo Roberto Costa, na diretoria de Abastecimento da estatal. Na última sexta-feira, a empresa anunciou que seu conselho de administração aprovou a venda da BR Distribuidora com controle compartilhado. A operação proposta prevê a transferência de 51% do capital votante da subsidiária. A estatal permaneceria, porém, com a maior parte do capital total.

Outra obra em Pernambuco, também no Complexo Industrial Portuário de Suape, a Refinaria Abreu e Lima, foi considerada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a que sofreu o maior aumento de preço, passando de U$$ 2,5 bilhões para quase US$ 19 bilhões. Ainda assim, segue tentando atenção financeira da estatal para concluir e operar o primeiro trem e refino do empreendimento para chegar à metade da capacidade de movimentação.

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