Fôlego depois
Brasil só terá superávit primário em 2017, diz FMI
A estimativa do FMI é que o Brasil só terá superávit primário em 2017, alcançando 0,8%, para chegar a partir de 2019 com saldo positivo de 2,5% do PIB
Por: Agência Estado
Publicado em: 08/10/2015 11:26 Atualizado em:
O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta que o Brasil não vai conseguir alcançar as metas fiscais para este ano e o próximo. No relatório Monitor Fiscal divulgado ontem a previsão do FMI é que o País tenha déficit primário de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 e de 0,9% em 2016.
A estimativa do FMI é que o Brasil só terá superávit primário em 2017, alcançando 0,8%, para chegar a partir de 2019 com saldo positivo de 2,5% do PIB.
O FMI ressalva que fez suas previsões com base no pacote anunciado pelo governo em agosto, quando o Planalto propôs orçamento com déficit para 2016. A intenção do governo é alcançar um superávit primário de 0,15% este ano e 0,7% em 2016.
O Fundo piorou ainda outros indicadores fiscais do Brasil. Para o déficit nominal, que inclui os gastos do governo com juros, a previsão do FMI é que fique em 7,7% do PIB este ano e 7,2% em 2016.
A dívida bruta, um dos indicadores avaliados mais de perto pelas agências de classificação de risco, deve subir de 65,2% no ano passado para 69,9% em 2015 e chegar a 74,5% em 2016.
O FMI usa uma metodologia diferente da usada pelo governo brasileiro para esse número e inclui os títulos do Tesouro detidos pelo Banco Central no cálculo. A estimativa dos economistas do Fundo é que o indicador brasileiro fique na casa dos 76% até 2020.
Em entrevista à imprensa, Alejandro Werner, diretor do Departamento de Hemisfério Ocidental do FMI, disse que a economia brasileira pode começar a se recuperar na segunda metade de 2016, caso haja um acordo político em Brasília que dê prosseguimento ao ajuste fiscal.
Por enquanto, a credibilidade da política fiscal no Brasil está sendo posta em dúvida pelos mercados nacional e global. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
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O FMI ressalva que fez suas previsões com base no pacote anunciado pelo governo em agosto, quando o Planalto propôs orçamento com déficit para 2016. A intenção do governo é alcançar um superávit primário de 0,15% este ano e 0,7% em 2016.
O Fundo piorou ainda outros indicadores fiscais do Brasil. Para o déficit nominal, que inclui os gastos do governo com juros, a previsão do FMI é que fique em 7,7% do PIB este ano e 7,2% em 2016.
A dívida bruta, um dos indicadores avaliados mais de perto pelas agências de classificação de risco, deve subir de 65,2% no ano passado para 69,9% em 2015 e chegar a 74,5% em 2016.
O FMI usa uma metodologia diferente da usada pelo governo brasileiro para esse número e inclui os títulos do Tesouro detidos pelo Banco Central no cálculo. A estimativa dos economistas do Fundo é que o indicador brasileiro fique na casa dos 76% até 2020.
Em entrevista à imprensa, Alejandro Werner, diretor do Departamento de Hemisfério Ocidental do FMI, disse que a economia brasileira pode começar a se recuperar na segunda metade de 2016, caso haja um acordo político em Brasília que dê prosseguimento ao ajuste fiscal.
Por enquanto, a credibilidade da política fiscal no Brasil está sendo posta em dúvida pelos mercados nacional e global. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
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