No Aeroporto Gilberto Freyre CUT e MST apoiam protestos da Federação Única dos Petroleiros no Recife Terminal recebeu sindicalistas que se manifestaram contra a proposta de venda de ativos, reestruturação e corte de investimentos anunciada pela direção da Petrobras na semana passada

Por: Diario de Pernambuco

Por: Agência Estado

Publicado em: 07/07/2015 09:45 Atualizado em: 07/07/2015 10:00

A partir do dia 14, os petroleiros pretendem iniciar uma série de manifestações e atos em diferentes segmentos da companhia para mobilizar a companhia. Foto: Whatsapp/Cortesia
A partir do dia 14, os petroleiros pretendem iniciar uma série de manifestações e atos em diferentes segmentos da companhia para mobilizar a companhia. Foto: Whatsapp/Cortesia
O indicativo de greve da Federação Única dos Petroleiros (FUP), anunciado ontem, ganhou apoio, nesta terça-feira, de representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) em Pernambuco. Os sindicalistas, que também receberam incentivo do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, realizaram um protesto no Aeroporto Internacional Gilberto Freyre-Guararapes, apoiando a paralisação de 24h programada para o dia 24 deste mês.

A paralisação, segundo a FUP, abrangerá todas as áreas operacionais e administrativa da companhia, conforme decisão da diretoria da federação, em São Paulo, e a decisão ainda será referendada por assembleias dos sindicatos estaduais da categoria. Até o momento, a avaliação dos dirigentes sindicais é de adesão à paralisação.

A mobilização vai questionar a proposta de venda de ativos, reestruturação e corte de investimentos anunciada pela direção da Petrobras na semana passada. Além disso, o movimento também pretende criticar o projeto de lei apresentado pelo senador José Serra (PSDB-SP) que propõe alterar o marco regulatório do pré-sal e retirar da estatal a obrigatoriedade de participar com pelo menos 30% de todos os consórcios - além de atuar como operadora única das áreas de pré-sal.

A partir do dia 14, os petroleiros pretendem iniciar uma série de manifestações e atos em diferentes segmentos da companhia, como forma de mobilizar a categoria para a greve geral. Estão previstos atos como bloqueio, assembleias, paralisações e panfletagem em diferentes unidades da estatal, como gasodutos, refinarias, escritórios administrativos e em diferentes áreas de negócios.

"A paralisação é por conta do projeto de mudança da legislação, e também pelo novo plano de negócios, que prevê uma brutal redução dos investimentos, venda de ativos e abertura de capital da BR Distribuidora, além de não apontar para retomada de obras importantes, como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)", afirmou o líder sindical José Maria Rangel, um dos diretores da FUP. "As assembleias ainda vão definir a aprovação do ato, mas diante do clima de apreensão da categoria, não temos dúvidas de que será aprovada", completou.

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