Londres Unidade do BES em Miami é vendida para a família venezuelana Benacerraf

Publicado em: 03/05/2015 12:22 Atualizado em:

O Espírito Santo Bank, braço do falido conglomerado português Banco Espírito Santo SA em Miami (EUA), está sendo vendido para o banco da família venezuelana Benacerraf, em um acordo de US$ 10 milhões. A negociação, que ainda está sujeita à aprovação das autoridades reguladoras, marca o fim de um esforço de nove meses para encontrar um comprador para a empresa, que tem sede na Flórida.

Quando o Banco Espírito Santo quebrou, em agosto do ano passado, o banco central de Portugal criou uma nova instituição, batizada de Novo Banco, para continuar prestando serviços de varejo e banco corporativo a clientes em países como Portugal, Espanha, Brasil e Venezuela. Entretanto, diversas unidades foram deixadas de lado, como é o caso do Espírito Santo Bank. Com isso, os clientes da instituição retiraram milhões de dólares de contas de corretagem e de depósitos, o que levou a Corporação Federal de Seguros de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês) a forçar o Banco Espírito Santo a encontrar um comprador.

A família Benacerraf é uma das mais tradicionais da indústria bancária da Venezuela. Ele são donos do venezuelano 100% Banco e já tiveram participação no norte-americano Banco Union CA, que agora pertence ao Banesco. O patriarca da família, Salomón Henry Benacerraf, foi chairman da Visa International entre 1987 e 1994. O Espírito Santo Bank, que tem cerca de US$ 660 milhões em ativos sob gestão, tem apenas uma agência, em um arranha céu que pertence a outra empresa do grupo Espírito Santo. Ele atende principalmente venezuelanos e brasileiros ricos que querem comprar imóveis na Flórida ou fazer investimentos por meio da corretora do banco.

O Espírito Santo Bank ainda tem uma série de problemas judiciais. Em dezembro do ano passado, a instituição concordou em pagar US$ 8 milhões para resolver uma disputa com o liquidante de um banco brasileiro sobre acusações de lavagem de dinheiro.

O dinheiro da venda da unidade ficará com o Banco Espírito Santo que está sob intervenção do BC português, encarregado da sua liquidação. Além dos US$ 10 milhões iniciais, o acordo também prevê o pagamento de até US$ 5 milhões, após descontos com processos judiciais pendentes. Fonte: Dow Jones Newswires.

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