A reinvenção da cana Cultura econômica milenar precisa trilhar novos caminhos para sobreviver Diario de Pernambuco inicia neste domingo (29) uma série de reportagens para discutir os rumos do setor, que já atingiu seu auge econômico no estado e hoje está em decadência

Por: Rosa Falcão

Publicado em: 29/03/2015 09:30 Atualizado em: 29/03/2015 09:46

A crise dos produtores de açúcar e de álcool é um fenômeno nacional, mas rebate mais forte nas terras nordestinas, mais acidentadas e castigadas pela seca. Foto: Teresa Maia/DP/D.A.Press
A crise dos produtores de açúcar e de álcool é um fenômeno nacional, mas rebate mais forte nas terras nordestinas, mais acidentadas e castigadas pela seca. Foto: Teresa Maia/DP/D.A.Press
O Diario de Pernambuco inicia  a partir deste domingo (29) uma série de reportagens sobre a economia da cana-de-açúcar e os seus desafios para o futuro. Principal vedete da economia pernambucana desde o Brasil Colônia, a atividade econômica secular encolheu a partir dos anos 1990. Uma série de fatores geográficos, climáticos e econômicos puxaram para baixo a produção de cana-de-açúcar, em especial no Nordeste.

A crise dos produtores de açúcar e de álcool é um fenômeno nacional, mas rebate mais forte nas terras nordestinas, mais acidentadas e castigadas pela seca. Em Pernambuco, o parque industrial, no auge com 40 usinas, foi reduzido para 16 unidades ativas na atual safra 2014/2015. Nos tempos áureos, a atividade produtiva já chegou a empregar mais de 350 mil canavieiros no campo. Hoje são cerca de 80 mil empregos formais.

Com a mudança na estrutura produtiva, os canaviais abrem espaço às novas indústrias estruturadoras na Zona da Mata. Para onde caminha o setor, cuja participação é de 8% no Produto Interno Bruto (PIB) do estado? Quais os desafios dos produtores de cana, açúcar e álcool para se inserir no novo ciclo econômico?

No primeiro dia da reportagem, mostramos como a crise do setor sucroalcooleiro é deflagrada em cadeia. Atinge em cascata os  vários atores:  plantadores de cana, fornecedores e os produtores de açúcar e de álcool (usineiros). Começa com os agricultores familiares, chega aos engenhos e deságua nas usinas.

O emblemático fechamento da usina Catende, na Zona da Mata Sul, desencadeou a crise na Zona da Mata Sul, a mais prejudicada.  Em janeiro de 2012, a usina fechou. Deixou um rastro de desemprego e desolação nos municípios vizinhos:  mais de 2.500 trabalhadores desempregados em seis municípios da Região.

Além da reportagem na edição impressa, confira a partir da próxima quarta-feira, o vídeo-documentário “A reinvenção da cana”. Um passeio pela zona canavieira vai mostrar as dificuldades do setor e a importância da cultura da cana para a construção sócioeconômica de Pernambuco. Leia a matéria completa na edição impressa ou na versão online para assinantes.

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