Impasse Estaleiro Atlântico Sul confirma rompimento de contrato com a Sete Brasil para construção de sondas do pré-sal

Publicado em: 23/02/2015 20:15 Atualizado em: 23/02/2015 20:19

Em valores atualizados, contratos do EAS com a Sete Brasil somam U$ 6 milhões. Foto: Julio Jacobina/DP/D.A Press
Em valores atualizados, contratos do EAS com a Sete Brasil somam U$ 6 milhões. Foto: Julio Jacobina/DP/D.A Press
O Estaleiro Atlântico Sul (EAS) confirmou no início da noite desta segunda-feira (23), através de nota, que encerrou os contratos com a Sete Brasil para a construção de sete sondas do pré-sal. Segundo a empresa, o contrato foi encerrado na última sexta-feira (20) "após uma análise cautelosa e responsável."

"Tendo em vista a contínua inadimplência da Sete Brasil e a total incerteza em relação à sua capacidade de retomar os pagamentos e dar cumprimento aos contratos, essa foi a alternativa disponível ao EAS, visando evitar maiores prejuízos à companhia, seus parceiros e colaboradores", diz o EAS em nota.

Ainda de acordo com a nota, o estaleiro diz que a decisão "levou em consideração os sólidos fundamentos legais, bem como os aspectos financeiros e operacionais do contrato, não impactando os demais projetos, que continuam com suas operações regulares".

A Sete Brasil, companhia criada pela Petrobras para gerenciar as compras de sondas para o pré-sal, também divulgou nota, mas dizendo que o estaleiro não tem suporte legal para tomar a decisão de rescindir o contrato unilateralmente. A Sete informa ainda que está estudando as medidas a serem adotadas.

Além da Estaleiro Atlântico Sul, outros quatro estaleiros prestam serviços para a Sete Brasil - o Enseada, que pertence às construtoras Odebrecht, OAS e UTC e o grupo japonês Kawasaki; o Rio Grande, da construtora Engevix; o estaleiro BrasFels, do grupo Keppel, de Cingapura, e o Jurong, também de Cingapura. Somente o contrato da EAS é estimado, em valores atuais, em US$ 6 bilhões.

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