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Ode à amizade: Chico César e Zeca Baleiro lançam álbum em conjunto e saem em turnê

Chico César e Zeca Baleiro harmonizam influências em primeiro disco autoral em conjunto, que será apresentado ao público pernambucano em 10 de maio

Publicado em: 18/03/2024 06:00 | Atualizado em: 18/03/2024 11:13

 (Vange Milliet/ Divulgação)
Vange Milliet/ Divulgação

Uma amizade iniciada há 33 anos, forjada na música e festejada através dela. Os laços fraternos de Zeca Baleiro e Chico César não desataram nos tempos de vacas magras quando moravam juntos em São Paulo, e hoje estão mais firmes do que nunca. A dupla liberou o aguardado álbum de inéditas Ao arrepio da lei no início de março - dois anos após o primeiro disco. Para alegria dos fãs, Chico e Zeca também estão dividindo o palco de forma inédita na turnê que leva o mesmo nome, com apresentação confirmada no Teatro Guararapes, em Olinda, para o dia 10 de maio.

 

 

A parceria foi retomada com uma nova safra de mais de 20 canções, compostas durante a pandemia, a partir de maio de 2020. A satisfação pelo trabalho era tamanha que O Arrepio da Lei foi anunciado um ano depois, com o lançamento antecipado dos singles Respira e Lovers. Após compromissos paralelos, Chico e Zeca se reuniram novamente no estúdio em 2022, quando as inéditas Beije-me Antes e Verão ficaram disponíveis ao público. As gravações foram encerradas apenas no final de 2023. Em relação ao prazo esticado de produção, Zeca avalia que o projeto recebeu o cuidado necessário. “Foi feito com carinho. O disco saiu no tempo que deveria sair”.

 

O maranhense Zeca e o paraibano Chico cruzaram caminhos na cena noturna da cidade de São Paulo em 1991, introduzidos um ao outro pelo poeta Celso Borges. Foi nessa ocasião que Chico, necessitando de um amplificador, recorreu a Zeca, desencadeando não apenas uma amizade de longa data, mas também uma parceria para dividir o aluguel de um apartamento. “Ele diminuiu a minha sensação de estar só na cena de São Paulo”, salienta César.

 

Seja na música-título, onde o álbum abre com uma saudação à juventude sertaneja, ou em Mocó, faixa na qual os artistas exploram a jornada dos retirantes, o universo de Ao arrepio da lei dialoga com elementos do pop e do som metropolitano. A representação nordestina na música popular brasileira sobrevive nas vozes de Baleiro e César - Integrantes da mesma geração de Lenine, Carlinhos Brown e Chico Science. “Se existe uma mensagem central (no disco), é a mensagem da sobrevivência com autenticidade, de que é possível ser autêntico e construir seus espaços”, aponta Chico César.

 

Ao arrepio da lei acrescenta mais um trabalho à lista de colaborações da dupla, que, apesar de breve, teve início há 29 anos com o lançamento do primeiro álbum da cantora e compositora Vange Milliet. Agora, Milliet assina a foto da capa e as imagens utilizadas no material promocional do primeiro álbum autoral dos amigos. Segundo Baleiro, a obra nasce no momento em que estava destinada a existir. “Talvez não fosse possível no início das nossas carreiras. E agora surge como uma celebração de nossa amizade e parceria”, afirma.

 

A união entre os dois também combinou uma série de influências que vão desde Luiz Gonzaga à música popular brasileira, passando pelo reggae e o soul nacional, entre outras referências. A reverência ao Rei do Baião imprime o ritmo com nuances western e nordestinas no disco. “Gonzaga é redefinidor da arte brasileira e nós todos somos seguidores dele”, afirma Chico César. Em seu disco de estreia, Nós Vivos (1995), o artista interpreta a canção Paraíba, assinada por Gonzagão e Raimundo César, cujo foco é seu estado natal.

 

Com o Nordeste demarcado na sonoridade, a apresentação no Teatro Guararapes gera ansiedade pela sintonia que se estabelece do palco até a plateia. Olinda será a única cidade nesta etapa da turnê. “O show pode e deve ser apresentado no mundo todo. Mas nas cidades do Nordeste é possível que cale “mais fundo” nos corações, reverbere mais. A expectativa é que seja lindo em Olinda. Temos muita relação com a cidade também”, comenta Zeca Baleiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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