Clouds26° / 28° C

UNIVERSO

Buraco negro gigante devora a própria galáxia e a condena à morte

Segundo estudo feito a partir do telescópio espacial James Webb, a ''Galáxia de Pablo'' parou de produzir estrelas devido à ação de um buraco negro existente dentro dela

Publicado em: 17/09/2024 14:46 | Atualizado em: 25/10/2024 15:50

A Galáxia de Pablo tem cerca de 200 vezes a massa do Sol 
 (Crédito: Reprodução James Webb/Francisco D'Eugenio)
A Galáxia de Pablo tem cerca de 200 vezes a massa do Sol (Crédito: Reprodução James Webb/Francisco D'Eugenio)

Uma pesquisa utilizando o supertelescópio espacial James Webb mostrou que uma galáxia formada entre 12,5 e 11,5 bilhões de anos corre o risco de desaparecer devido a um buraco negro supermassivo que estaria matando ela “de fome”. O estudo, liderado pela Universidade de Cambridge mostrou que a galáxia GS-10578, apelidada de "Galáxia de Pablo" por conta do cientista que se dedicou a observá-la em detalhes, parou de produzir estrelas.

 

Isso ocorre porque a massa de gás formada na GS-10578 está sendo “empurrada” para fora dela pelo buraco negro que fica no centro da galáxia. Sem a quantidade de gás necessária, consequentemente, ela não consegue produzir novas estrelas, que são necessárias para a continuidade da galáxia, já que substituiriam aquelas que estão deixando de existir.

 

"Nós encontramos o culpado", afirmou o coautor do estudo Francesco D'Eugenio, do Instituto Kavli de Cosmologia de Cambridge. “O buraco negro está matando esta galáxia e mantendo-a dormente, cortando a fonte de 'alimento' que a galáxia precisa para formar novas estrelas.”

 

A Galáxia de Pablo é considerada enorme para a época em que foi formada, ainda em uma era primitiva do universo, com cerca de 200 vezes a massa do Sol. É comum que, em galáxias supermassivas como esses, exista um buraco negro no centro delas. Embora pesquisas anteriores apontassem que buracos negros poderia ter esse efeito nas galáxias, só foi possível confirmar após o James Webb.

 

Os resultados foram publicados na revista Nature Astronomy na segunda-feira (16/9).

 

As informações são do Correio Braziliense. 

Mais notícias

Acompanhe o Diario de Pernambuco no WhatsApp
Acompanhe as notícias da Xinhua