APELO
OMS pede mais esforços mundiais para salvar "um planeta doente"
Apelo foi feito pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que participará da COP28
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 29/11/2023 17:22
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| Diretor-geral da OMS ainda adiantou que levará à COP28 a pauta da redução das emissões poluentes no setor da saúde (Foto: Fabrice Coffini/AFP ) |
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, que participará da COP28, conferência sobre o clima promovida pelas Nações Unidas, pediu hoje (29) aos líderes políticos mais esforços para salvar "um planeta doente".
"Um planeta doente significa pessoas pouco saudáveis", salientou Adhanom, sublinhando que irá pedir na COP28 medidas mais contundentes dos governos e indústria para acabar com o uso dos combustíveis fósseis e acelerar a transição para energias mais limpas.
A COP28 dedicará este ano, pela primeira vez, um dia à saúde, no caso o próximo domingo, que terá mais de 50 ministros da Saúde para analisar as consequências das alterações climáticas na saúde humana e as possíveis medidas para contê-las.
Ghebreyesus destacou que o carvão, o petróleo e o gás são de longe os maiores contribuintes para as alterações climáticas. “São responsáveis por mais de 75% das emissões de gases com efeito de estufa", apontou.
O diretor-geral da OMS ainda adiantou que levará à COP28 a pauta da redução das emissões poluentes no setor da saúde, que representam cerca de 5% do total. "Devemos nos focar em descarbonizar os sistemas sanitários e, ao mesmo tempo, torná-los mais resilientes ao clima, o que significa fortalecer os seus funcionários e os sistemas de vigilância das doenças que se construíram durante a pandemia da covid-19", disse.
Ghebreyesus também revelou que irá apelar por mais financiamento para a adaptação do setor da saúde à crise climática, uma vez que apenas recebe 0,5% dos fundos da luta contra o aquecimento global. "O mundo gasta anualmente bilhões de dólares de dinheiro público em subsídios para os combustíveis fósseis. Pedimos aos governos e investidores que redirecionem esses fundos para a proteção e promoção da saúde do nosso planeta e das pessoas. As mortes de idosos associadas às alterações climáticas aumentaram 70% em 20 anos e sete milhões de pessoas morrem anualmente devido à poluição do ar, além do aquecimento global estar causando mais surtos de doenças como a cólera", declarou o líder da OMS.
De acordo com o líder da OMS, o aquecimento do planeta está a expandir o leque de mosquitos que transportam agentes patogênicos perigosos, como os vírus chikungunya, zika, da febre amarela e dengue, para locais que nunca tinham lidado com eles.
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