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CIGARRO

Tabagismo é um dos principais fatores para o desenvolvimento do câncer de bexiga

Publicado: 28/08/2020 às 09:45

/Foto: Reprodução

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Que o cigarro causa muitos danos à saúde e compromete vários órgãos já é de conhecimento geral, mas segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tabagismo e a exposição passiva são responsáveis por 428 mortes diárias no Brasil e cerca de 156 mil óbitos anuais. Em referência ao Dia Nacional de Combate ao Fumo (29), o urologista Dimas Antunes alerta que fumantes possuem cinco vezes mais chances de desenvolverem câncer de bexiga. 

O especialista explica que as substâncias do cigarro geram irritação no sistema urinário e, a longo prazo, podem se transformar em um tumor maligno. “Como esse tumor pode ser facilmente confundido com uma infecção urinária, problemas na próstata e cálculo na bexiga, muitas vezes o diagnóstico é tardio, podendo comprometer o tratamento”, esclarece. De acordo com o INCA, o número de casos novos de câncer de bexiga estimados para cada ano de 2020, 2021 e 2022 será de 7.590 diagnósticos em homens e 3.050 em mulheres, correspondendo a 7,23 novos casos a cada 100 mil homens e 2,80 para cada 100 mil mulheres. 

“Quando há suspeita desse tipo de câncer, o diagnóstico é feito através de exames clínicos, além dos de urina, ultrassonografia e cistoscopia, uma endoscopia da bexiga”, detalha. Dimas ainda ressalta que existe a possibilidade de o tratamento ser feito por via endoscópica para retirada das lesões e, em casos mais avançados, pode ser a remoção cirúrgica da bexiga. “Radioterapia e quimioterapia são incluídas em situações específicas, porém, embora existam diversas terapias e avanços tecnológicos, que aumentam as chances de cura, abandonar o cigarro ainda é o melhor caminho”, conclui. 

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