INCÊNDIO
Quem é o brigadista do DF que morreu ao combater fogo no Xingu
Uellinton Lopes dos Santos desapareceu no domingo por volta das 11h, enquanto combatia um incêndio região na Terra Indígena Capoto/Jarina, no Parque Nacional do Xingu (MT)
Publicado em: 26/08/2024 22:51
Uellinton Lopes dos Santos tinha 39 anos e era de Brasília (foto: Redes sociais/reprodução) |
O corpo de um brigadista florestal desaparecido desde domingo (25/08) foi encontrado nesta segunda-feira (26/08), na região da Terra Indígena Capoto/Jarina, no Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso.
Uellinton Lopes dos Santos tinha 39 anos e era de Brasília. Ele trabalhava para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no quadro de brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo).
O profissional desapareceu no domingo por volta das 11h, enquanto combatia um incêndio no território indígena. O corpo carbonizado foi encontrado a cerca de 1km da linha de defesa contra as chamas.
A confirmação da morte de Uellinton foi realizada pelo Ibama e pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). "O brigadista foi contratado pelo PrevFogo em 2024 e integrava a Brigada Pronto Emprego de Brasília. De 2021 até este ano, trabalhou como brigadista do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)", afirmam. Os órgãos ainda prestaram solidariedade e apoio à família de Uellinton.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) também lamentou a morte do brigadista. "A Funai expressa condolências e se solidariza com os familiares, amigos e colegas de trabalho de Uellinton pela perda".
O presidente Lula se manifestou nas redes sociais. "Ele era um dos heróis que combatem os incêndios criminosos e irresponsáveis que acontecem em nosso país", escreveu, além de prestar solidariedade aos familiares e amigos de Uellinton.
A primeira-dama, Janja, afirmou que os incêndios são devastadores "principalmente para aqueles que trabalham na linha de frente". "Meu abraço solidário neste momento difícil", afirmou.
Seca e incêndios
De acordo com o Instituto Raoni, 635 mil hectares da terra indígena do Xingu estão queimando, o que é mais do que a área total do Distrito Federal (578 mil hectares). Atualmente, 42 brigadistas trabalham combatendo o fogo na região, metade deles indígenas.
É a pior seca em 44 anos em mais da metade dos estados do país, conforme o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden).
Confira as informações no Correio Braziliense.