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Médica que sequestrou bebê em Uberlândia tentava adoção, diz polícia

As investigações da Polícia Civil de Minas Gerais e de Goiás revelaram que a médica tentou adotar crianças ilegalmente em outros estados

Publicado: 06/08/2024 às 16:45

Mulher finge de médica e sequestra bebê em hospital/foto: Reprodução/Rede de Notícias

Mulher finge de médica e sequestra bebê em hospital/foto: Reprodução/Rede de Notícias

Mulher finge de médica e sequestra bebê em hospital

A médica Cláudia Soares Alves, indiciada nesta terça-feira (06/08) pelo sequestro de um bebê em um hospital de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, estava tentando adotar uma criança e já havia sido considerada apta psicologicamente para entrar no cadastro nacional de adoção. A informação foi repassada pela Polícia Civil de Minas Gerais.

 

De acordo com a polícia, a médica havia conquistado o direito de habitação no sistema nacional de adoção e tinha sido aprovada psicologicamente para entrar no cadastro, com base em documentação fornecida por ela. A corporação não detalhou quando o processo foi concluído. As investigações também revelaram que a suspeita tentou adotar crianças ilegalmente em outros estados.

 

Cláudia sequestrou um bebê na madrugada do dia 24 de julho, apenas três horas após o nascimento. A mulher se passou por pediatra da unidade, convenceu a mãe de que iria levar a criança para se alimentar e saiu do hospital com o bebê. Ela foi localizada e presa em flagrante em Itumbiara, em Goiás, horas depois do crime. A criança foi encontrada no mesmo dia em uma clínica da cidade goiana.

 

O inquérito policial, encerrado na sexta-feira (02/08), concluiu que o crime havia sido premeditado com meses de antecedência. Cláudia mentiu para familiares dizendo que estava grávida e chegou a comprar o enxoval do bebê. A polícia não detalha quando isso aconteceu. Essa, inclusive, era uma das teses da defesa, que caiu depois de exames feitos pela equipe médica na cidade onde ela foi presa.

 

 [SAIBAMAIS]

 

Além de tentar adotar crianças ilegalmente em outros estados, a polícia também afirma que ela procurou pessoas vulneráveis para que entregassem seus recém-nascidos a ela. A mulher segue presa em Goiás desde 24 de julho.

 

Após sua prisão, a defesa alegou que a médica teria sofrido um surto psicótico, e os advogados agora deverão apresentar laudos sobre essa alegação à Justiça. Na época, o advogado da suspeita afirmou que ela fazia acompanhamento psiquiátrico há alguns meses, desde a morte de sua mãe, e que tomava medicamentos controlados, sem especificar quais.

 

 

Relembre o caso

 

O crime aconteceu por volta da 0h30 do dia 24 de julho, quando a suspeita fingiu ser médica pediatra e conseguiu levar uma recém-nascida do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC UFU).

 

Ainda de acordo com informações da polícia, a suspeita abordou os pais da criança e se identificou como médica. Os pais acreditaram uma vez que a mulher estava trajada com jaleco, touca, máscara de proteção e com um crachá. A falsa médica pediatra conseguiu ainda enganar a segurança do local. Imagens indicam que a mulher teria saído do local com a criança em uma mochila.

 

A sequestradora convenceu a mãe de que iria levar o bebê para se alimentar e alegou que a criança teve dificuldades na alimentação. Os pais confiaram na falsa médica-pediatra e permitiram a bebê fosse levada. O pai então notou a demora e foi procurar a menina, foi nesse momento que ele descobriu que a recém-nascida não se encontrava mais no hospital.

 

A bebê que havia sido raptada tem problemas cardíacos e precisa de cuidados médicos especiais, o que intensificou a urgência para identificar sua localização.

 

 

Confira as informações no Correio Braziliense

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